CAPS Livramento vem realizando triagem em crianças com sintomas de Autismo

A doença, conhecida como “Transtorno Global do Desenvolvimento”, tem sido pauta dos principais jornais

O autismo vem sendo pauta dos principais jornais do Brasil e do mundo. Uma matéria realizada no último domingo, pelo fantástico, apontou os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial -, como os órgãos competentes e responsáveis para cuidar, diagnosticar e tratar das pessoas com a doença, e o Ministério da Saúde, em abril deste ano, lançou políticas para o atendimento do autista.

Vale salientar que é obrigação do Estado atender às pessoas com autismo. Desde 2012, uma lei determina que o transtorno receba o mesmo atendimento destinado a outros tipos de deficiência mental.

A equipe de reportagem do jornal A Plateia procurou, então, a coordenação do Centro de Atenção Psicossocial da cidade, que esclareceu que atualmente, em Sant’Ana do Livramento, o público infantil encaminhado ao CAPS com transtorno mental é acolhido e assistido pela equipe multidisciplinar. Os serviços prestados são: atendimento psicológico, psiquiátrico, enfermagem e serviço social. “A família é orientada quanto a sua conduta e aos principais cuidados frente ao comportamento da criança”, destacou Karine Lucero Carvalho, assistente social do CAPS.

A assistente social ressaltou que o ideal para este público seria o CAPSi – INFANTIL, instituição especializada em transtornos mentais infantis. O projeto já está tramitando para ser implantado no município, com equipe capacitada, formada por psiquiatra infantil, psicólogo infantil e equipe multidisciplinar, para atendimento adequado.

 IMPORTANTE

O CAPS fica na rua João Manoel, n° 817 – Prado. Mais informações no telefone 3968-1170

O atendimento do público infantil com transtornos mentais é feito no CAPS, apenas mediante encaminhamento do pediatra. Para o acolhimento, é necessário apresentar Certidão de Nascimento, comprovante de endereço e cartão SUS da criança, com fins de cadastro, avaliação psicológica e psiquiátrica e, logo, dá-se início ao tratamento. 

Saiba mais a respeito do autismo

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento, marcado por três características fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem, para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

Segundo especialistas, o grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como o espectro Autista (no qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e apresenta comportamento agressivo e retardo mental.
Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.

Sintomas

Karine Lucero Carvalho, assistente social do CAPS

O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
2) a criança é voltada para si mesma, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e autosuficiência.

Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Recomendações

* Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;
* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
* Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado.

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