Cães errantes e a saúde pública
Sem cuidados, os animais podem transmitir doenças aos humanos
A comunidade santanense, indignada com a permanência de cães na rua, procurou a reportagem de A Plateia, na manhã de terça-feira, dia 30, para procurar uma solução para o problema. Os santanenses já veem, de forma recorrente, cães abandonados perambulando pelas ruas do centro da cidade, em busca de comida. “É horrível o número de cachorros que existem aqui no centro, principalmente no Parque Internacional e redondezas”, afirmou uma transeunte, que preferiu não se identificar.
Segundo o médico veterinário Diego Cunha, cães errantes são todos aqueles que não possuem dono ou moradia. Esses animais, segundo ele, oferecem riscos à saúde da comunidade, já que podem transmitir doenças como raiva, leptospirose, sarna, toxoplasmose, tétano, entre outras. “Em caso do indivíduo ser mordido por um desses cães, imediatamente deve procurar atendimento médico”, alertou Diego. Embora os animais sejam os transmissores de doenças, o médico veterinário ressaltou que, em sua opinião, a primeira medida legal para a solução desse problema deveria ser a organização de um centro de controle de zoonoses, de responsabilidade do poder público. “Em Pelotas, por exemplo, o Centro de Controle de Zoonoses é o responsável pelo controle de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses), através do controle de população dos animais domésticos e ações de controle de zoonoses. O ideal é que Livramento tivesse um local como esse”, frisou o médico veterinário. Procurada, a coordenadora da vigilância sanitária na cidade, Dra. Carmen Motta, disse não poder atender à reportagem na tarde de ontem, pois havia outras questões em sua pauta.
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