Parentes em Livramento preocupam-se com estudantes em Santa Maria

Lea Maass e Lutero Maass pais deTaueh

Sentimento entre as famílias santanenses é de tristeza e dor

Apesar do alívio de muitos pais saberem que seus filhos não se encontravam na boate Kiss, na noite trágica deste fim de semana, o sentimento predominante entre todos é de tristeza e dor, por saber que muitos jovens, colegas e amigos de seus filhos foram vítimas da tragédia.

Sonia Lencina Rodrigues é mãe de duas meninas estudantes em Santa Maria e disse estar chocada com a tragédia. “Acordei com o telefone tocando, parentes, vizinhos, perguntando pelas minhas filhas. Por sorte, temos o hábito de nos comunicar sempre que as meninas saem para festas. Elas não gostavam da Kiss, e tinham ido para outros locais. Quando fui acordada pela tragédia, já tinha me certificado que elas se encontravam em casa sãs e salvas”, relatou a mãe, que reside em Livramento. Mesmo assim, Sonia não deixa de se sentir triste pela perda dos outros pais. “Eu já estive em Santa Maria e vi muitos jovens felizes, bons amigos das minhas filhas. É muito triste, eu e meu esposo estamos chocados, é como se também tivéssemos perdido filhos”, finalizou.

A santanense Sueli Trindade Fernandez, que possui dois sobrinhos residindo na cidade de Santa Maria, assustou-se quando soube do acontecimento e, em seguida, entrou em contato com os sobrinhos para obter notícias. “Graças a Deus, meu sobrinho entrou no facebook, falei com ele e tive notícias”, aliviou-se.

“Recebi a notícia através de meus vizinhos, me telefonando, querendo saber notícias do meu filho Daniel, que é estudante da UFSM. Ao ligar a TV e o rádio, me deparei com a notícia, aí fiquei sabendo sobre o ocorrido com os meus vizinhos, que são os pais do Pedro, é um sentimento de tristeza e impotência diante dessa tragédia”, declarou Suzana Birnie. Ela concluiu: “Meu filho está na praia, graças a Deus, porque ele frequenta essa boate e poderia, sim, ser umas das vítimas. O momento é de oração”.

“Uma tragédia muito grande, sentimento de tristeza. Nosso filho está triste e choroso pela perda dos amigos”. Lutero Maass, pai de Taueh Maass.

“Para mim, é um sentimento de tristeza muito grande, amigos do meu filho faleceram. Até o momento, já são 9 mortes confirmadas. Meu filho está consternado, triste, arrasado, chorando o tempo todo. É uma sensação de tristeza e de perda”, declarou Lea Maass, mãe de Taueh Maass, aluno de Agronomia, da UFSM. “Meu filho teve a proteção divina, não foi à boate Kiss, porque sua namorada é menor de idade, e ele optou por ficar com ela, mas me coloco o tempo todo ao lado de qualquer mãe que está passando por esse momento de dor”, concluiu.

“Quando liguei a TV e assisti a notícia, foi uma grande tristeza, um grande pesar, não tem como medir o tamanho dessa tragédia. É uma mistura de alívio por saber que está tudo bem com minha filha, que é estudante de música da UFSM e com meu genro, que é estudante de Agronomia da UFSM, mas ao mesmo tempo não tem como não pensar e não ficar preocupados no estado geral das famílias que sabem que seus filhos estavam no local”, afirmou Edilacir Larruscain, pai de Ediana Larruscain e sogro de Taueh Maass.

Estudantes não foram à boate, mas sofrem por amigos

Isabela Lencina Rodrigues, uma das filhas de Sonia Rodrigues, ainda tenta digerir o acontecimento. “É muita tristeza, não sei o que pensar se acontecesse comigo ou minha irmã. Aqui em Santa Maria está uma tristeza sem fim, o desespero de familiares e amigos é imenso”, relatou.

Ediana Larruscain, namorada de Taueh Maass, um dos organizadores da festa promovida na boate, confirmou que só não foi à festa porque tem 17 anos e lá não era permitida a entrada de menores de idade. “Perdi muitos amigos, alguns colegas do meu namorado também. Ele está muito abalado com o fato, porque ele e seus colegas venderam muitos ingressos para essa festa”, relatou ela.

“A caloura do curso de Arquitetura que eu iria recepcionar está entre os falecidos, estou triste e chocada, não há palavras para tamanha tristeza”, declarou Taline Maass, estudante de Arquitetura da UNIFRA.

O empresário Bruno Pereira, que reside em Santa Maria desde o ano de 2006, viu toda a movimentação durante o incêndio, já que reside em frente à boate Kiss. “Eu e minha esposa já frequentamos várias vezes a boate, mas ontem não fomos. Porém, alguns colegas da minha esposa estavam lá e a todo momento ela reconhece mais amigos entre as vítimas”, contou. Tendo os pais residindo em Livramento, Bruno conta que não teve como eles não se preocuparem com seu bem estar. “Eles me ligaram, preocupados, pois eu poderia ser um dos jovens que saíram para se divertir e acabaram sendo vítimas dessa tragédia”, finalizou.

 

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