Forças unidas no combate às irregularidades no entorno da Praça

Policiais deram detalhes da operação que desmontou a destilaria que funcionava no centro de Sant’Ana do Livramento. No local, grande quantidade de “urina” foi encontrada

Da esq. para a dir.: Capitão Moura e Major Gayer (Brigada Militar), Inspetor Valente (Receita Federal), e os delegados Alessandro, Leonei e França (Polícia Federal)

Na tarde de ontem, na delegacia da Polícia Federal em Livramento, uma coletiva de imprensa reuniu os principais responsáveis pela operação Sentinela, que deram uma explicação detalhada sobre a atividade que culminou com a prisão de seis pessoas. De acordo com o Delegado Alessandro Lopes, da Polícia Federal, esta ação já estava sendo preparada há algum tempo, e era prevista no processo de retomada da praça, com as autoridades devidamente informadas. Delegado França, da Polícia Federal, Inspetor Valente, da Receita Federal, Major Gayer e Capitão Moura, da Brigada Militar, além dos delegados Alessandro e Leonei, também da PF, atuaram na operação.

“Na verdade, a venda de wísques já era de conhecimento público. A incursão de policiais que fizeram a precursão serviu para fazer a identificação e depois a condução dos homens que vendiam na rua. Depois, fomos ao prédio onde foi encontrada a destilaria, tudo evidenciando que era ali que o material era fabricado. Fizemos algumas diligências anteriores que mostram esses mesmos homens saindo do local com as bebidas já fabricadas. Os insumos que foram encontrados no prédio serão analisados pela perícia, até para saber se existem outras pessoas envolvidas no caso. Possivelmente, existam outros produtos que podem ser prejudiciais ao consumo humano. Além disso, foram encontrados líquidos com cheiro bastante forte, com características de amônia. Inclusive, garrafas com urina”, destacou o delegado Alessandro Lopes.

De acordo com o delegado Leonei, os cômodos se constituíam em depósitos e em dormitórios, todos em precário estado e sem as mínimas condições de segurança. “Tudo indicava que era utilizado como depósito de mercadoria e podia ser usado por vendedores que estão estabelecidos na avenida João Pessoa”, disse. Sobre a utilização do prédio onde em anos anteriores o mesmo tipo de ilícito já havia sido comprovado, o delegado Leonei disse que a Prefeitura Municipal agora será informada sobre a necessidade de autuação do prédio, a fim de evitar que o mesmo possa voltar a ser utilizado para o mesmo fim.

“Apesar de ser uma operação conjunta, cada instituição tem as suas atribuições específicas. Por exemplo: a Polícia Federal está focada no contrabando, a Brigada Militar teve suas atribuições e a Receita Federal agiu dentro das suas funções também”, explicou o Delegado sobre a presença dos inspetores em, pelo menos, duas barracas dos camelôs, ainda dentro da mesma operação.

 

Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

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1 Comentário

  1. lu16

    Excelente trabalho policial! A muito tempo esse prédio vem servindo de deposito de mercadorias irregulares e baseado nessas irregularidades a Prefeitura poderia fazer a DESAPROPRIAÇÃO do mesmo e construir ali o camelódromo, e um ótimo ponto e resolveria o problema  dos ambulantes 

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