Pessoas que vivem do lixo

Dois lados de uma historia, sustentabilidade e miséria

Mulher na Avenida Tamandaré tirando restos de lixo para comer.

Cenas de pessoas vivendo nos lixões ou catando lixo nas ruas e praças para sua sobrevivência são particularidades bem comuns de grandes centros urbanos. E Livramento, embora seja uma cidade de porte pequeno, não escapa da miséria que atinge milhões de brasileiros.

Já se tornou comum encontrar pessoas remexendo o lixo nas calçadas de restaurantes, lanchonetes ou lixos domésticos – para quem anda com o olhar atendo, pode ver que eles estão lá. Quem vive do lixo, geralmente tem horários para as suas coletas, eles fazem em conjunto um trabalho de sustentabilidade e geração de renda para a cidade.

Esses trabalhadores saem à procura de material reciclável, normalmente no período da manhã e fim da tarde, ocasião em que as casas e grandes centros comerciais depositam a sujeira e materiais descartáveis nos locais de lixo – quando isso acontece é o momento deles.

A grande maioria busca por papelão, material plástico, latas de alumínio, e tudo aquilo que possa ser aproveitável. Encerrada essa coleta, eles se dirigem ao centro ALAMA Group do Brasil, um grande centro de reciclagem fundado em 1986 e com posto de reciclagem na região.

Muitos saem com carrinhos, outros com carroças e uma boa parte anda mesmo a pé pelas ruas. Exemplo de trabalhador da reciclagem que vive dessa coleta é Sandro Guimarães, de 41 anos de idade. Ele vive do que consegue coletar nas ruas, afirma.

Sandro Guimarães, catador de lixo: “o meu sustento eu tiro daqui”.

Todos os dias, Sandro sai de sua casa com sacos plásticos, à procura de garrafas PET, latas de alumínio e toda diversidade de plásticos que possam ser reciclados. “Eu vivo disso aqui, esse é o meu trabalho, daqui eu tiro o que comer e beber, estou muito feliz”.

No Brasil existe um movimento chamado MNCR – Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável. Em Livramento, ainda não existe um grupo forte que fortaleça a classe dessas pessoas que tiram o seu sustento do lixo, mas uma certeza é clara, existem dezenas deles. A ALAMA estima uma média de 200 catadores na cidade.

Em contrapartida, existe aqueles que diariamente remexem o lixo à procura de alimentos que possam de fato comer, são pessoas que, às vezes, não têm um teto ou família e vivem em estado de miséria.

Essas pessoas mais humildes não conseguem fazerem-se profissionais da reciclagem e têm no lixo não uma fonte de renda, mas de suprimento material.

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