Membros da sociedade santanense debatem sobre o narcoturismo

Evento aconteceu na noite de ontem, no Verde Plaza

No início da noite ontem, no Verde Plaza Hotel, líderes sociais do Município se reuniram para debater os reflexos da polêmica regulamentação da maconha no Uruguai. De acordo com Eduardo Oliveira, organizador do evento como cidadão, o principal objetivo da reunião é conversar para estabelecer quais medidas podem ser tomadas para que não haja a banalização do entorpecente do lado santanense, além de observar maneiras de coibir o narcoturismo.

Mauricio, ex-usuário e coordenador da ONG Renascer, acredita que o país vizinho não terá como controlar o uso da erva. “Quando era usuário, eu utilizava 200g por semana. Liberar 40g mensais e dizer que haverá um controle e que os usuários não procurarão outras formas de conseguir a droga, é uma verdadeira utopia”. Participaram do evento: Roberto Figueiroa, da Igreja Matriz; Katyuscia Moura, do Jornal A Plateia; Reverendo Robero; Cristiane Cabreira, da Assembleia de Deus; Cleo Magalhães, do Trem do Pampa; Pastor Nelci Cunha; Mauricio, da ONG Renascer; Pablo Escosteguy, do SindiLojas; Bispo Leonor Gonçalves; Olivia e Bruno, discentes da Unipampa; Jefrey, da APAE; Claudia Cartana, do Rotary Clube; Simone Loss e Suzana Campos, do Rotary Integração; Edson Silva, da Casa Verde; Miqueias Rodrigues; Nei Ferrão, Sérgio Munhoz; Mozart Hillal, da CDL e Celso Lisca, da Churrascaria Coisa Nossa.

 

Eduardo Vieira Oliveira

“Desde quando se notou que o Uruguai iria regulamentar o plantio, o comércio e o uso da droga, a sociedade começou a levantar diversos questionamentos sobre os reflexos do lado brasileiro, principalmente aqui na Fronteira, mas ninguém oficialmente se pronunciou. Preparamos esse momento para conversar com representantes da comunidade. Hoje temos um comércio turístico em Livramento, assim como o de jogos, na cidade vizinha, onde tradicionalmente as pessoas se organizam para vir até as cidade usufruir dos cassinos, que são legalizados do lado uruguaio. Com a legalização, pode-se abrir uma porta para o narcotur, onde pessoas, por acreditar que há uma facilidade maior de consumir a droga, podem se reunir em grupos e vir até as cidades para o consumo. Precisa-se entender e esclarecer que a droga é permitida do lado uruguaio, não do brasileiro. Temos que pensar que o consumo aqui é proibido, mas será que queremos pessoas sob o efeito da droga em nossa cidade?

 

Mozart Hillal

“Acredito que o banner da campanha deveria estar afixado pela cidade. Isso vai fazer com que o turista respeite as legislações locais, caso tenha uma conduta diferente pelo uso. Não se sabe o que pode acontecer daqui para a frente. Em Livramento iremos sofrer os efeitos. Temos que nos movimentar para que haja o combate a possíveis problemas decorrentes dessa regulamentação e que vão  repercutir diretamente em nossa cidade”.

 

 

 

 

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