Crianças passam horas em frente ao computador

Vício prejudica a interação pessoal

Jovens e adultos, fascinados pelas redes sociais, passam horas em frente a um computador, mas, não são só eles. As crianças também têm grande interesse nesses sites, talvez mais, podendo chegar ao vício, trocando as brincadeiras comuns da infância pelo computador. A situação na Fronteira não é muito diferente, apesar dos pais acompanharem os filhos quando estes utilizam o computador.

Segundo a funcionária de mercearia, Rosa Dornel, os filhos adoram estar na frente do computador. “Eles gostam bastante, ficam um certo tempo, mas são muito tranquilos. Eu os controlo para que não entrem em sites proibidos”, afirmou ela.

 

 

 

A funcionária pública Luciana Maciel sempre acompanha o filho. “Meu filho adora jogar no computador, mas sempre o acompanhamos e conversamos com ele sobre o que deve ou não acessar, até porque ele não sabe mexer muito bem, ainda”, destacou ela.

 

 

 

As coordenadoras pedagógicas Tania Rodrigues (e) e Lidia Maciel (d)

Para a coordenadora pedagógica Tania Rodrigues, esta nova geração está voltada para a era digital. “Para nós, educadores, a maior dificuldade que temos é de colocar o momento certo para isso, porque as crianças estão sem limite de tempo. Embora elas desenvolvam diversas habilidades, há outras que também precisam ser desenvolvidas. O mais grave é que a criança vai ficando solitária, então, basta um número razoável de pessoas ou na família, pois assim, ocorre a primeira socialização. É muito importante que os pais coloquem um limite para as crianças, senão elas vão ter dificuldade nas interações sociais. Até os adolescentes falam muito através das redes sociais, mas, na hora de trocar uma ideia pessoalmente, eles não têm a mesma relação. Tem muitas coisas que me chocam, pois os pais não se dão conta que os filhos têm acesso a conteúdos impróprios para a idade”, afirmou ela. 

A coordenadora da educação infantil, Lidia Maciel, afirmou que é importantíssimo que os pais imponham um limite de horário. “O que notamos é que há crianças pequenas que, ao receber um livro, e tentar virar a página, tocando, tentam ampliá-la com o dedo. Mas ao mesmo tempo, no computador, a criança pode auxiliar o professor, pois aprende a ter autonomia”. Segundo ela, a criança que já possui contato com o computador tem mais facilidade em ser alfabetizada. “Pois elas têm vontade de aprender mais”, finalizou Lidia Maciel.

Dicas para os pais:

- O primeiro contato que os pequenos têm com o computador é através dos pais, então eles devem impor limites, horários;

- Conversar, explicando ao filho(a) o que ele pode ou não abrir quando está sozinho;

- Acompanhar os pequenos, sempre que possível;

- Criança também tem que se sujar, brincar, criar os próprios brinquedos, sair da tecnologia um pouco;

- Programas como “Controle de Pais” é indicado para “auxiliar na segurança”, mas, a criança tem que entender o limite, mesmo assim;

- Buscar uma maior integração com a escola, discutir mais sobre o assunto.

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