Basta, javalis!

Muita fala e pouca prática é a postura adotada pelos governos em relação a um problema crescente: a proliferação do Sus Scrofa

Produtores santanenses e de toda a região estiveram narrando situações com incidência de javalis atacando rebanhos no interior

Foi como um basta. Um brado de “chega!”. Assim pode também ser entendido o saldo da reunião da Regional 2 da Farsul em Livramento na segunda-feira desta semana. Estava prevista a vinda do secretário Neio Pereira, titular do Meio Ambiente do Estado. Mas, ele não veio.

O encontro, realizado no Sindicato Rural de Livramento, ao qual compareceram presidentes e diretores de entidades similares de Bagé, Dom Pedrito, Rosário do Sul, Uruguaiana, São Gabriel, entre outros, teve uma pauta ampla, sob a direção do coordenador da Regional 2 da Farsul, Tarso Teixeira (que preside o sindicato gabrielense). Entretanto, o que pode ser considerado como tema prioritário na pauta é o prejuízo que o javali vem causando nas propriedades dos municípios da região da Fronteira Oeste e Campanha, especialmente, nas estâncias inseridas na Área de Proteção Ambiental da Restinga Grande do Ibirapuitã.

O javali (Sus scrofa scrofa) é uma espécie exótica, introduzida no Brasil há muitos anos, e que se tornou asselvajada e fora de controle, sem predador natural. Foi trazido para ser criado, mas escapou ao cultivo, passou a fazer populações cada vez maiores na natureza e entrou na classe de espécies exóticas invasoras.

O presidente da Rural de Livramento, engenheiro agrônomo Luiz Claudio Andrade, cicerone no encontro, disse que é preciso focar, de forma conjunta, visando com que Estado e União tomem as devidas providências. “Nós, aqui na Rural de Livramento, registramos prejuízos diversos de produtores, especialmente de ovinos” – disse. Andrade comenta que é de fundamental importância que os produtores rurais que tenham registrado ataques e prejuízos em suas propriedades preencham a Notifiação de Existência de Javali Asselvajado – que está disponível no parque da Rural. “Teremos informações no papel para repassar ao secretário e, assim, permitir que ele veja o tremendo impacto que a região vem sofrendo em sua produção de ovinos” – disse.

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