Ruralistas pedem solução urgente para o problema

Luiz Claudio Andrade, presidente da Rural de Livramento, reforça necessidade de urgência na tomada de providência para combater o Sus Scrofa

Javali asselvajado (Sus Scrofa), uma praga no pampa

O presidente da Associação e Sindicato Rural de Livramento, Luiz Cláudio Andrade, considerou positivo o contato realizado pela representação de ruralistas das entidades sindicais na região da Campanha e Fronteira Oeste. Ele integrou uma missão comandada pela Regional 2 da Farsul até a Sema, Ibama, Palácio Piratini, entre outras instituições. O foco: a solução, com maior brevidade possível.

“Infelizmente, estamos diante de uma praga para a qual até o momento, não temos uma solução definitiva. Estão sendo estudadas ações de controle eficaz, segundo foi informado na reunião que tivemos” – refere.

Previamente a ida à capital, aconteceu um encontro no Sindicato Rural de Livramento – com a Regional 2 da Farsul e presidentes de vários outros sindicatos – sobre a gravidade do problema. Debateram possibilidades dirigentes e representantes de órgãos ambientais. “Foi um evento construtivo para uniformizar as informações e produtores do município, abastecendo com informações, como o Felipe Guerra, que colheu informes de produtores com dados que nesses contatos, causaram surpresa em Porto Alegre” – disse.

A missão passou o dia em Porto Alegre, na segunda, com a realização de contatos com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “Lá, ficaram admirados com a gravidade. Disseram que necessitavam das informações práticas dos ataques, em números e dados. Falamos com Neio Lúcio Fraga Pereira, titular da Secretaria do Meio Ambiente, e seu assessor, Luis Fernando Perelló – coordenador da assessoria técnica da Sema. Eles se manifestaram dizendo que vão captar o maior número possível de informações, deixando claro que, no momento, uma solução definitiva para o problema eles não têm. Nos termos usados por eles, vir até aqui para fazer uma tentativa, com um método amador de tentar controlar e, depois não conseguir, não seria positivo. Querem vir preparados” – afirma Andrade.

Está sendo agendada uma data – inclusive será convidado o secretário de Agricultura, Luis Fernando Mainardi -, provavelmente 13 de dezembro. “O comentário deles é que talvez a legislação tenha que ser alterada, até para beneficiar o transporte desses animais e eles entenderam o que colocamos. O governo fez o possível para desarmar a população e o produtor rural também está nesse meio, ou seja, também está desarmado em grande parte. E a gente vê que no Uruguai, onde é liberada a caça, até hoje não controlaram e, pelo contrário, está ampliando a incidência da praga e se expandindo para cá” – refere. Isso significa que a caça, isoladamente, não vai resolver o problema. O presidente afirma que a missão deixou cópias dos relatos que possam auxiliar a ampliar as informações.

Foram oficiados, pela Rural de Livramento, diversas entidades, como Secretaria da Agricultura, IBAMA, Ministério do Meio Ambiente, Exército, Brigada Militar, Polícia Federal, e entidades, tendo sido feito contato com os poderes constituídos. “Deixamos ofícios para o governador Tarso Genro e para as autoridades locais, prefeito, inspetorias veterinárias, presidente da Farsul, comandos do Exército e da Brigada. Vamos envolver o maior número de pessoas. Não vamos ficar de braços cruzados, pois é um animal que traz riscos, podendo ocasionar peste suína, febre aftosa e outras doenças” – afirmou.

A priori, a primeira solução diz respeito à caça e a alguma forma biológica de redução populacional, mas o que fazer ainda é uma incógnita.

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