Lembrando Nossos Estádios

Quando visito Santana do Livramento,com tempo suficiente para ultrapassar os limites das ruas centrais da cidade,não esqueço de ao menos dar uma olhada nos estádios onde assisti tantos jogos nos meus dias de infancia e adolescência.Acompanhado por um ou dois amigos,que também gostam de futebol e de recordar as boas coisas do passado,visito os estádios do 14 de Julho,do Grêmio Santanense,do Fluminense e do Armour. E,dependendo do dia das visitas,só na Vila João Martins me deparo com um ambiente caracteristico de estádio de futebol.Os outros estão mergulhados numa sonolência preguiçosa,em meio ao abandono,como se já não pertencessem a paisagem citadina.Nos sábados,muda um pouco,porque ao menos no junto ao estádio do Armour, o Miguel Copatti, muitos amigos batem bola e tomam uma cervejinha gelada.Não sei se ocorre algo parecido na Vila Honório Nunes e no estádio do Fluminense.Mas o que me faz abordar o assunto é a tristeza que sinto diante do abandono em que vivem quase todos os dias três estádios de futebol de nossa cidade.O fato depõe contra a capacidade de iniciativa dos santanenses que vivem na cidade,gostam de futebol e conhecem as tradições dos nossos campeonatos citadinos,que faziam a alegria de tantos torcedores.Quando é que todos os estádios de Livramento receberão novamente em suas arquibancadas torcedores com as camisas tradicionais dos nossos clubes?
Não ignoro,claro,que já se cogita do aproveitamento do estádio do Fluminense para a disputa de um campeonato de veteranos. Ótimo.Mas precisamos fazer mais.Nesse sentido,uma pergunta: por que não se cogitar da organização de um campeonato da cidade,disputado por seus quatro clubes profissionais,com torneio início e tudo,como se via em anos mais felizes de nossa cidade? Não importa,num primeiro momento,a qualificação técnica dos times,nem a idade dos seus jogadores.Os times podem ter uma mistura de jovens e veteranos.Importa mais é que se vejam novamente em campo os uniformes que um dia deslumbram nossos olhos,em tardes luminosas,com direito a cachorro-quente,guaraná e pipoca? Será tão caro organizar um time para disputar nosso citadino? Tenho certeza que nenhuma empresa com negócios na cidade se recusaria a colaborar para que esta ideia seja concretizada.Se ocorrerem novos Gre-Quás,quero ter a honra de participar de ao menos uma preliminar,pelo time de veteranos do Grêmio santanense,na posição de zagueiro central e de xerife,se for necessário.Só não quero ouvir aplausos excessivos para minha atuação,atiçando meu acanhado sentimento de vaidade.E que estejam lá nas arquibancadas do estádio,me aplaudindo ou vaiando,se quiserem,as namoradas que nunca esqueci e,embora há tanto tempo afastado delas, continuam habitando meu coração.

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