Sindicalista pede moção de apoio à causa dos vigilantes
Regulamentação da profissão dos trabalhadores em segurança privada é a meta de Claudiomir da Silva Brum, em sua peregrinação pelo interior riograndense
Após a sessão legislativa de ontem, a Câmara de Vereadores abriu espaço para manifestação do presidente da Federação Profissional dos Trabalhadores em Segurança Privada do Estado do Rio Grande do Sul, Claudiomir da Silva Brum, na Tribuna Livre.
A intenção de Brum foi pedir o apoio dos legisladores santanenses, em forma de uma moção, para a causa dos vigilantes.
O dirigente sindical pediu apoio dos vereadores para a votação do Projeto de Lei 039/99, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de Agente de Segurança Privada, em tramitação na Câmara dos Deputados há 14 anos.
A mobilização acontece em nível estadual. “Queremos uma manifestação formal, uma moção de apoio a ser enviada para os deputados”, sugeriu o líder sindicalista. Segundo ele, os vigilantes estão a cada dia perdendo postos de trabalho para a informalidade no setor, que é grande, algo que precisa ser modificado com a regulamentação da profissão.
“Os números da informalidade são agravantes e preocupantes. Esta entidade sindical já lançou duas campanhas estaduais alertando a sociedade para os riscos deste tipo de contratação, mas não foi suficiente para evitar a proliferação da informalidade”, completou, acrescentando que existem 40 mil trabalhadores formais, 100 mil aguardando vaga no mercado e o triplo, ou seja, em torno de 300 mil na informalidade.
No material gráfico deixado aos vereadores, há a informação de que em nível nacional são 4,3 milhões na informalidade, e no Estado, 300 mil prestando segurança privada sem formação, muitos com antecedentes criminais” – manifestou.
De acordo com Brum, apenas 30% dos cem mil vigilantes formados e cadastrados no Estado estão no mercado de trabalho. “Além da qualidade na prestação do serviço, a regulamentação possibilitará geração de emprego e renda no setor, juntamente com as condições para fortalecer a categoria em outras pautas, como condições de trabalho, saúde e salarial” – disse.
Vereadores, especialmente os líderes das bancadas na Câmara santanense, se manifestaram após a fala do sindicalista, tendo sido redigido e assinado um documento em apoio à causa dos trabalhadores na área de vigilância.