Livros x Internet
Causa estupefação a notícia de que entre 2.501 incritos para concorrer em concurso para Juiz do Trabalho no estado da Bahia e após a seleção de 70 para prova final, representada por uma redação que teria 4h disponíveis para ser escrita, candidato algum foi aprovado!
O que há de errado? Na minha, talvez, simplória dedução, credito esse acontecimento ao escasso nível de leitura que os jovens da atualidade estão praticando.
Ora, não por ser tão “antiga”, pois acompanho a evolução e tenho, sobremaneira, me valido dela para executar trabalhos à longa distância e outros tantos tantos que dispensam presenças.
Mas pertenço a uma geração que não contava com tais avanços que, se por um lado tanto facilita nossa vida, oportunizando o acesso instantâneo à informação, independentemente do tempo e da distância, também corrói um dos um dos melhores hábitos que se pode cultivar para substanciar a fixação de conteúdos, qual seja a leitura, seja em revistas e/ou livros.
Neste sentido o hábito da leitura forma e consolida a grande base de toda habilidade que os maiores e melhores escritores estão embasados.
Sem tentar (mas salientando a importância) fazer a apologia do livro, considero ser indispensável o manuseio de folhas, ler e muitas vezes reler textos para atingir a essência do que transmite, como também para solidificar o entendimento e absorção da linguagem, falada ou escrita, o que contribuirá, ao se desenvolver uma tese, para a construção de uma boa matéria.
Como se diz “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”. O acúmulo de conhecimentos, através das gerações deu-se graças aos símbolos e à escrita. Assim, hoje, com tantos avanços tecnólogicos interligando continentes e favorecendo a comunicação, é bom volver o olhar para trás e considerar que o acréscimo de legados, diversificados e somados, é a melhor contribuição para que o mundo moderno, do século XXI, continue avançando de forma harmoniosa e constante, sem relegar a segundo plano costumes/atividades tão importantes para a lapidação e crescimento intelectual do homem: a leitura impressa.
Amarina Prado
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