A rediscussão da apicultura na região
Brasil, Uruguai e Argentina, por meio de um comitê científico, debatem questões de produção, investimentos, bem como estratégias, biodiversidade e mercado, entre outros pontos
A manhã do domingo serviu como referência para estimular o fortalecimento das relações de mercado entre as entidades representativas da apicultura. No primeiro simpósio, iniciado pouco após as 8h30, representantes da Sociedade Apícola Uruguaia (SAU), Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), Sociedade Argentina de Apicultores (SADA) – (APIMONDIA) da Argentina e Federação Apícola do Rio Grande do Sul (FARGS) trocaram ideias e fizeram exposições a respeito das relações entre os países, cooperação, questões técnicas, relações de mercado, perspectivas, e uma série de outros pontos inerentes ao setor.
Desenvolvido desde sexta-feira, nas salas de conferência do Rivera Casino & Resort, o 1o Congresso Binacional Apícola já marca sua história, seja pela qualidade técnica, seja pelo grau de contribuição com o segmento produtivo e áreas agregadas.
O evento contou com a participação do prefeito Glauber Lima e do intendente Marne Osório. Ambos consolidaram o interesse em estimular e fomentar a produção de mel, bem como os nichos de mercado inerentes. Também consideraram o setor como exponencial para o desenvolvimento conjunto da Fronteira. A manhã de debates e ponderações por parte dos especialistas teve a audiência total de produtores, técnicos, entre outros agentes do setor, lotando completamente a área de assistência.
Ausência parcial dos apicultores locais
José Ferrão, presidente da Associação Santanense de Apicultores (ASA), considerou o evento excelente, porém, lamentou que apenas metade dos apicultores da Fronteira compareceu. “O congresso é excelente para nós, o pessoal está gostando muito, realmente superou as expectativas” – disse. “Os assuntos abordados correspondem à atualidade, à nossa realidade. A única tristeza é que somente 50% dos apicultores de nossa cidade compareceram ao simpósio. Veio muito mais gente de outras regiões do Estado e do Uruguai do que os produtores locais. O evento está sendo comparado ao Congresso Nacional de Apicultura. Graças a essas palestras, acredito que teremos um grande desenvolvimento a nível local” – concluiu.
Evidência na área técnica
Durante o sábado, aconteceram conferências e palestras na área mais técnica, com a presença de técnicos e especialistas de outros países, inclusive, com participação dos representantes do comitê científico, que começa a fazer uma avaliação geral da questão da apicultura, não só no Brasil, como no Uruguai e na nossa região.
Os participantes dos simpósios abordaram questões sobre a importância da apicultura no setor produtivo, e também a questão da comercialização, preferência e as qualidades do mel, e a sua importância.
Outro tema foi a biodiversidade da região, bem como as patologias que afetam a apicultura. Em algumas abordagens, ponderações sobre uma tema: o que é necessário para criar um selo, importante regionalmente, já que Rivera é hoje o segundo maior produtor de mel do Uruguai? O mesmo vale, do outro lado, para Livramento, terceiro maior do Brasil.
Agregar valor
Foi consenso entre os participantes que o congresso veio fortalecer essa relação com a parte norte do Uruguai e o Rio Grande do Sul, já que Sant’Ana do Livramento é o maior produtor de mel do Estado e o terceiro do Brasil. Uma questão central foi também apresentada. A Fronteira produz excelente mel em termos de qualidade, e não industrializa, não agrega valor. A venda do produto se dá, na maioria das vezes, a granel e isso não deixa recursos para as comunidades das duas cidades, através dos impostos, agregando valor e renda àquilo que é produzido. Nas palestras, exemplos norteamericanos, costa-riquenhos, argentinos, entre outras nacionalidades foram expostos aos presentes.
Agregar valor
Foi consenso entre os participantes que o congresso veio fortalecer essa relação com a parte norte do Uruguai e o Rio Grande do Sul, já que Sant’Ana do Livramento é o maior produtor de mel do Estado e o terceiro do Brasil. Uma questão central foi também apresentada. A Fronteira produz excelente mel em termos de qualidade, e não industrializa, não agrega valor. A venda do produto se dá, na maioria das vezes, a granel e isso não deixa recursos para as comunidades das duas cidades, através dos impostos, agregando valor e renda àquilo que é produzido. Nas palestras, exemplos norteamericanos, costa-riquenhos, argentinos, entre outras nacionalidades foram expostos aos presentes.
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