Papa fez oração do Ângelus e lembrou a importância dos avós na vida dos fiéis

Em seu quinto dia no Brasil, Francisco cumpriu extensa agenda

Papa Francisco rezou o Ângelus para uma multidão de fiéis no Rio de Janeiro

O Papa Francisco fez, ao meio-dia de sexta-feira (26), a oração do Ângelus, no balcão do Palácio São Joaquim, na Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele fez um breve discurso, no qual lembrou a importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos. Também pediu que os jovens presentes enviassem uma saudação aos seus avós, já na sexta foi celebrado o dia dos avós. Após, o pontífice participou de um almoço com dois jovens de cada continente (incluindo o Brasil), no local. “Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé. Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa. Na festa de São Joaquim e Santana, no Brasil, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade”, afirmou.

Grupo santanense que está no Rio de Janeiro para a visita do Papa ao Brasil

A oração do Ângelus, também conhecida como a hora do Ângelus, não é uma cerimônia ou uma missa, mas o momento em que o Papa faz alusão a algum assunto do dia para, em seguida, fazer a oração e abençoar os peregrinos. A hora do Ângelus é habitualmente feita por Francisco aos domingos, do balcão do apartamento papal, no Vaticano, e ontem foi realizada no Rio. Antes, Francisco encontrou jovens detentos no Palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio de Janeiro.

Francisco lembrou que a Ave Maria é uma oração simples e que na Jornada ela é rezada em três momentos do dia: pela manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. “É, porém, uma oração importante. Convido a todos a rezá-la”, disse, antes de iniciar a oração.

Uma multidão esperou desde cedo em frente ao palácio. Os fiéis cantaram músicas religiosas à espera do pontífice. No trajeto até a Glória, Francisco solicitou a parada do papamóvel, para que, em vez de os seguranças levarem bebês e crianças de colo até o veículo, ele mesmo caminhasse até a multidão de pessoas de todas as idades que queriam vê-lo de perto. Ele trocou breves palavras com uma senhora idosa, que o abraçou longamente antes de ser abençoada. Mais cedo, o Papa ouviu a confissão de cinco jovens inscritos na Jornada Mundial da Juventude, durante encontro na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio de Janeiro. O grupo foi formado por três brasileiros, uma italiana e um venezuelano. O pontífice fez, também, uma oração com os fiéis. 

Agenda extensa 

Filas para pegar os tickets peregrinos no bairro Santa Cruz

Em seu quinto dia no Brasil, o Papa Francisco teve mais um dia cheio de compromissos para cumprir. Às 7h30, o Papa celebrou uma missa privada no Sumaré, onde está hospedado. À tarde, o roteiro foi Copacabana, com passeio de papamóvel. Francisco chegou ao bairro às 17h45. Com o carro aberto, ele percorreu do Posto 6 até o Leme. Às 18h, o Papa chegou ao palco, onde acompanhou o 3º ato central da JMJ: a encenação da Via-Sacra. Ao fim, fez um discurso.

 Grupo de santanenses está no Rio de Janeiro

Um grupo de santanenses foi para o Rio, prestigiar a vinda do Papa Francisco. Uma das integrantes é Elenice Aragon Tramontini, que contou que o grupo tem enfrentado algumas dificuldades desde que chegou ao Rio de Janeiro. Eles ficaram em uma escola, e devido ao incêndio que ocorreu na Boate Kiss, as tomadas não estão sendo liberadas para colocar extensões ou adaptadores. Sendo assim, os peregrinos não têm onde carregar seus celulares, aquecer água, entre outras coisas. Além disso, Elenice contou que apenas um chuveiro possui água quente, em todos os outros a água é gelada, e muitas vezes as pessoas têm que fazer uso desses aparelhos, por falta de opções. “Contudo, mesmo enfrentando algumas dificuldades, está valendo muito a pena ter realizado essa viagem para ver Francisco. Há uma paz e a sensação de estar aqui é inexplicável”, enfatizou.

O grupo de 48 pessoas foi de ônibus até a Cidade Maravilhosa, mas de acordo com Elenice, além deles, outras pessoas de Sant’Ana do Livramento se deslocaram de carro ou avião. “Há um grupo significativo aqui no Rio, representando a nossa cidade”, destacou ela.

“Eu não tenho falado muito com minha mãe nesse período em que ela está lá no Rio, quem tem falado mais é minha irmã. No entanto, não ligamos muito em função de que às vezes ela fica sem bateria no celular, daí algum outro integrante do grupo manda notícias, através de mensagens ou pelo facebook. Está complicado para quem vai de fora, pois lá não liberam as tomadas para recarregar as baterias dos celulares, e além disso, o lugar onde o grupo fica é uma escola, e o banho é quase frio. Muitas dificuldades foram apontadas por eles, entretanto, o que mantém o grupo lá é exclusivamente a fé”, contou Juliane Aragon Tramontini, filha de Elenice.

 

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