Moradores da região central reclamam de mau cheiro de esgoto

Esquina entre as ruas Barão do Triunfo e Salgado Filho é um dos pontos críticos apontados pela vizinhança

Esgoto pode ser visualizado por quem passa pela calçada

Conforme apontou a meteorologista Estael Sias, no programa Jornal da Manhã, da RCC FM, a chuva chegou à Fronteira da Paz. Quando o volume de chuva aumenta, uma das preocupações de muitos moradores é em relação a enchentes e inundações. Pensando nisso, a reportagem de A Plateia procurou verificar a situação dos bueiros e bocas de lobo existentes na cidade, que comumente não dão vazão à grande quantidade de água e acabam alagando ruas e casas.

Em relação a isso, moradores do quarteirão que compreende as ruas Senador Salgado Filho, Barão do Triunfo, Sete de Setembro e 13 de Maio estão elaborando um abaixo-assinado para o prefeito municipal Glauber Lima, solicitando a construção da cobertura de vedação e o levantamento das margens laterais do canal de escoamento do curso hídrico afluente do Arroio Maragato, que pode ser visualizado na esquina entre as ruas Senador Salgado Filho e Barão do Triunfo, no terreno que sedia a igreja Assembleia de Deus.

A intensa insalubridade verificada no local é a principal reclamação dos moradores, conforme prévia do documento que está sendo produzido e deverá ser encaminhado com as assinaturas de todos moradores envolvidos na requisição. “O despejo do esgoto pluvial, doméstico e cloacal causa impactos ambientais e sanitários. O depósito de resíduos sólidos de forma irregular e animais mortos jogados, como gatos e cachorros, zoonoses e vetores como ratos, mosquitos, baratas, escorpiões, bactérias, fungos, vírus, aumentam o nível de poluição hídrica”, justificam os vizinhos.

Carla Simões Pires, moradora da localidade, recebeu a reportagem em sua residência e também relatou alguns prejuízos sofridos pelos moradores com a presença do curso hídrico a céu aberto. “Os prejuízos vão desde a depreciação do valor comercial dos terrenos, perda do aspecto estético, risco de doenças, como dengue, até os odores constantes e mau cheiro exalado das águas”, relatou.

Curso hídrico, que seria somente para escoamento pluvial, transformou-se em esgoto pluvial, doméstico e cloacal

Ainda conforme o documento cedido à reportagem, nos períodos de estiagem, devido às altas taxas orgânicas ali presentes, o cheiro é fétido e nauseante. Além disso, na esquina em que está localizada a igreja Assembleia de Deus, o muro é baixo em relação ao nível da calçada, e as margens do canal ficam desprotegidas, por onde o lixo é jogado por quem passa. Eventualmente, também, o canal serve de esconderijo para fugitivos da polícia.

Também foi verificado pelos moradores que há processos erosivos na margem esquerda, como o afundamento do bueiro. “Com chuvas acumuladas de 115 mm, o canal transborda na margem direita, inundando o terreno da igreja e de outros vizinhos”, descreve o documento.

“Não queremos privilégios, sabemos que esse problema ocorre em outras localidades também”, salientou Carla.

 

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