Filho mata mãe e depois enterra corpo em frente à própria casa
A vítima, Eva Rodrigues dos Santos, de 62 anos, estava desaparecida desde domingo
A Brigada Militar foi acionada, no início da noite de ontem, na rua Ernesto Fernandes, no Parque São José, onde foi localizado o corpo da professora aposentada Eva Rodrigues dos Santos, de 62 anos, enterrado em frente à própria residência. A confirmação da morte da vítima somente ocorreu com a chegada da Equipe do IGP. O corpo apresentava diversos ferimentos na cabeça, produzidos por objeto pontiagudo. Um machado foi apreendido como possível arma do crime.
A Polícia também deteve o filho da professora como principal suspeito do crime, tendo em vista que ele mesmo confessou ter matado a mãe. O confesso, identificado como sendo Lauro Rodrigues dos Santos Cardoso, de 27 anos, é dependente químico e foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA).
Delegacia
Conforme a delegada titular da DPPA, Giovana Ferreira Muller, o confesso possivelmente seria indiciado por crime de latrocínio e seria solicitada a prisão preventiva do mesmo.
Conforme o que pôde ser apurado na DPPA, no fim da noite de ontem, a morte da professora teria realmente ocorrido entre a noite de domingo (30 de junho) e madrugada de segunda-feira (1º de julho), mas o corpo possivelmente tenha sido enterrado na manhã de ontem (4). A informação foi confirmada com base no depoimento de uma testemunha (vizinho), que ao estranhar o desaparecimento da professora, começou a cuidar o movimento do suspeito. “Ela sempre avisava quando tinha que viajar, e desta vez não comentou nada. Hoje pela manhã, percebi que Lauro estava escavando um buraco na frente de casa. Pela tarde, fui verificar o que era e percebi que se tratava de uma cova rasa e vi que tinha um cobertor. Na hora, vi que poderia ser o pior e liguei para a Brigada Militar”, declarou a testemunha.
Brigada Militar
O sargento Wander Quintana confirmou que a guarnição foi acionada após as 19h30, por um dos moradores. “Quando chegamos à residência da vítima, já havia vários populares no local. Ao verificar no canto da casa, um cobertor enterrado, também percebi vestígios de sangue. Isolamos o local e acionamos o IGP”.
Enquanto os policiais aguardavam o trabalho do IGP, Lauro acabou confessando o crime. Antes disso, ele tentou criar uma história de furto, já que os objetos da casa da mãe haviam sido vendidos por ele mesmo a um brique, onde os policiais também encontraram o que pode ser a arma do crime, um machado, que foi apreendido e encaminhado à Polícia Civil.
Outro policial militar informou que na casa havia cheiro de maconha, dando a entender que Lauro havia consumido drogas recentemente.
Segundo as informações preliminares, o acusado estava internado em uma clínica para recuperação de dependentes químicos, há cerca de um ano, na cidade de Portão – RS, e estava em Sant’Ana do Livramento há apenas dois meses, apenas para visitar os familiares, e já estaria prestes a retornar para a clínica e dar continuidade ao tratamento.
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