Comissão vai debater anemia infecciosa em equinos

As questões relacionadas com a anemia infecciosa equina no Estado serão debatidas por duas comissões. Nesta semana, a superintendência estadual do Ministério da Agricultura publicou portaria que reinstala a Comissão Estadual de Controle de Anemia Infecciosa Equina (Cecaie), formada por técnicos de diversas instituições. A medida atende solicitação feita pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. No mesmo período, a Secretaria anunciou a constituição de um grupo de trabalho, com representações da sociedade civil, para discutir propostas de uma política que, mantendo a sanidade, desonere o trânsito de animais.

A intenção é retomar e aprofundar as discussões a respeito da doença, letal e de fácil contágio, no contexto da lei que regulamenta e prevê sanções para transporte ou trânsito de equídeos sem Guia de Trânsito Animal (GTA) ou comprovante de exame.

Nessa semana, o governador Tarso Genro assinou decreto suspendendo as multas até 31 de dezembro deste ano, o que não impede a aplicação da lei em casos de comercialização. Paralelamente, por determinação de Mainardi, a Secretaria da Agricultura criará outra comissão – com a participação de movimentos ligados ao tradicionalismo, sindicatos rurais e de classe – para envolver a sociedade civil no debate.

Para Mainardi, além do simbolismo e da importância incontestáveis do cavalo, o Estado precisa primar pela sanidade dos animais. “Achamos de fundamental importância a medida tomada pelo MAPA. Inclusive, reconhecemos, sem dúvida, o valor cultural e histórico que o cavalo tem nos eventos do Estado. Temos de afinar as duas questões: a sanitária e a cultural”.

A Cecaie visa ações de prevenção e controle da enfermidade. Outra questão a ser debatida – a partir de análise técnica dos resultados a serem obtidos com o inquérito epidemiológico que a Secretaria da Agricultura realizará – será o prazo de validade dos exames para o trânsito dos equinos.

Caso se constate baixa incidência de enfermidade, ele poderá ser estendido, por exemplo, para 120 dias ou 180 dias, em vez dos 60 praticados hoje. Também participam da comissão a Sociedades Veterinária do Rio Grande do Sul, Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos e a Universidade de Passo Fundo, além de representantes do Ministério e da Secretaria da Agricultura. A próxima reunião da Cecaie-RS ocorrerá no mês que vem, em data a ser definida.

 

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