Comando-Geral da BM preside reunião do Conselho Superior na Fazenda Lolita

Atividades que reuniram comandantes de todo o Estado iniciaram na quinta-feira, na sede do CRPO/FO

O comandante-geral da Brigada Militar no Estado, coronel Fábio Duarte Fernandes, esteve reunido na sexta-feira (17), no Centro de Treinamento da Brigada Militar, na Fazenda Lolita, com os todos os coronéis comandantes do Estado. A reunião do Conselho Superior da BM vem ocorrendo desde quinta-feira em Livramento e tem por finalidade prestar assessoramento ao Comando-Geral da Brigada Militar.

A programação do Conselho Superior iniciou no quartel do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Fronteira-Oeste (CRPO/FO), quando esteve presidindo o evento, o subcomandante-geral da BM, coronel Silanus Mello. Na oportunidade, também foram debatidos assuntos relacionados aos oficiais para planejamento estratégico da Corporação, das ações que vêm sendo desenvolvidas em cada região para a redução dos índices de criminalidade, de acordo com o Plano de Ações Operacionais do Comando-Geral.

Durante entrevista, na tarde de ontem (17), o coronel Fábio Duarte Fernandes falou sobre os investimentos do governo na Brigada Militar e dos assuntos tratados na Fronteira: 

Entrevista: 

A Plateia: Quais são os principais temas tratados neste encontro do Conselho Superior da BM?
Comando-geral: Trata-se de um encontro do Conselho Superior da Brigada Militar, que é um órgão de assessoramento do comando da instituição, composto por todos os coronéis da BM. E este foi o quarto encontro, depois que assumimos o comando-geral, no sentido de definir as estratégias, de avaliar as questões da Brigada, desde a parte operacional, administrativa e de gestão, com intuito de debater com os coronéis todas as questões de segurança pública. Isso faz com que a gente receba as informações de como está a Brigada Militar nas mais diversas regiões do Estado. Ou seja, estamos falando de 26 mil servidores, atuando 24 horas em todo o Rio Grande do Sul, e é importante que as ações sejam avaliadas, e rotineiramente seja verificada a percepção das nossas ações junto à sociedade, nos 16 comandos regionais. O encontro também serve para analisar as estratégias, o cumprimento de metas, e isso faz com que a nossa instituição preste um melhor serviço para a comunidade gaúcha. 

A Plateia: Verificadas as necessidades de cada região, de que forma o Comando encaminha estas soluções?
Comando-geral: Certamente, damos encaminhamento. Nós já temos definido um ingresso, ao longo destes anos do atual Governo, de cinco mil servidores para a nossa instituição, e também estamos pleiteando junto ao Governo o aumento da gratificação de incentivo de permanência, para evitar que aqueles quadros que tenham condições de se aposentar permaneçam atuando na Brigada Militar. Também estamos encaminhando um projeto de readaptação dos servidores que, por ventura, tenham tido algum tipo de problema físico ao longo de sua carreira, porque este servidor pode muito bem trabalhar em outros setores, como na área de comunicação, administrativa, enfim. O comando, na verdade, possui três eixos principais, que é a qualidade na gestão administrativa e operacional; a questão da educação policial e a correção policial. Então, estamos redirecionando esforços para consolidarmos cada vez mais estes eixos. São assuntos importantíssimos, os quais precisamos tratar sempre. 

A Plateia: A Brigada Militar recebeu um importante investimento na questão da segurança. Do que se trata?
Comando-geral: Ontem (quinta-feira), foi disponibilizado pelo Governo do Estado, através do Ministério da Justiça, o imageador térmico aéreo, que será colocado no helicóptero da Brigada Militar, para melhorar a nossa atividade no sentido tecnológico. Para a comunidade ter uma ideia, um helicóptero equivale ao serviço de 35 viaturas na rua, e uma câmera equivale a quatro policiais na rua. Então, é preciso que a Brigada Militar adentre na modernidade em todas as questões, como a readaptação, a tecnologia, as consultorias pela gestão administrativa e operacional da instituição, que já estamos fazendo. Então, são ações que o comando está fazendo dentro destes três, quatro meses que assumimos, desde 1º de fevereiro de 2013. A instituição tem reconhecido este esforço que o atual comando está fazendo, no sentido de qualificar ações para solucionar o problema da segurança pública, que é de alta complexidade, para que possamos diminuir os índices de criminalidade. Queremos construir, com a sociedade gaúcha, uma cultura de paz, entre o cidadão, entre as pessoas, para que possam resolver os seus conflitos de uma maneira mais amigável, mais dialogada. Mas estes resultados serão possíveis somente através de um trabalho de inteligência policial, vinculada às ações integradas, em parceria com a Polícia Civil, Polícia Federal e Rodoviária, que são instituições que têm desenvolvido parcerias conosco, trocado conhecimento. 

A Plateia: Como estão os preparativos para o reforço no policimento, tendo em vista o aumento de circulação de pessoas nas fronteiras, em função dos jogos mundiais?
Comando-geral: Temos uma preocupação e determinamos, inclusive para o batalhão aéreo da Brigada, que realize ações de prevenção no policiamento aéreo. A sociedade já vai perceber isso, ou seja, nós teremos, na área de Fronteira, além da qualificação dos nossos recursos humanos e do aumento de barreiras e fiscalização, também o policiamento aéreo e uma interlocução muito forte com as forças armadas, em especial com o Exército. Evidentemente que estivemos juntos, elaborando uma operação que vai servir de preparação para a Copa do Mundo, para ser executada ao longo da faixa de fronteira. Temos uma preocupação, sim, quanto à questão das drogas e do contrabando de armas. Já estive em Quaraí visualizando e constatando pessoalmente estas dificuldades, porque entendemos que a presença do comando da instituição nestes locais faz com que se consiga distribuir melhor os recursos, no sentido de melhorar os resultados nestas regiões. Em especial na região de fronteira, temos o Enafron, que é uma estratégia nacional de fronteira que ajuda muito, pois temos uma série de investimentos a serem potencializados na região e queremos cada vez mais ampliar isso. Para se ter uma ideia, a Brigada apreendeu 10 mil armas em 2011/2012. Isso não é pouca coisa, e essas armas entram, via de regra, pelas fronteiras. 

A Plateia: Alguma demanda maior quanto à questão administrativa foi tratada neste encontro?
Comando-geral: Tratamos sobre a questão desta consultoria de gestão por parte da Secretaria da Fazenda, devidamente autorizada pelo Governador do Estado. Esta questão administrativa vai ter um resultado melhor, ou seja, precisamos aportar tecnologia de gestão que vai efetivamente melhorar os resultados do nosso trabalho na atividade operacional. Então, na verdade, a gestão administrativa e operacional caminham juntas, pois estamos aí, com a inclusão de 111 capitães. Teremos mais 84 capitães que estamos pleiteando, então são ações que repercutem tanto na questão operacional, quanto administrativa. Os capitães estão sendo destinados mais objetivamente para o policiamento ostensivo, para o resgate e salvamento, atividades mais operacionais e estamos capacitando majores e tenentes-coronéis, em tese, de gestão com maior qualidade. São ações pontuais e específicas e estamos discutindo, como a proposta de lei orgânica básica da Brigada, para encaminhar para o Governador, o que certamente irá repercutir nas questões administrativa e operacional.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.