Prefeito rompe contrato com a Kopp e manda retirar as lombadas eletrônicas do município

Só permanecerão aquelas sob jurisdição do DNIT, pois mandatário comunicou que não quer mais equipamentos na cidade, durante reunião com dois diretores da empresa, sexta-feira, pedindo que elas e os pardais sejam retirados pelos proprietários

Lombadas eletrônicas: empresa terá que retirar todos os equipamentos do perímetro urbano municipal

Elas nunca funcionaram. E não vão operar. As lombadas eletrônicas instaladas em vários pontos da cidade, bem como os chamados pardais, deverão ser retirados da planta urbana pela empresa Eliseu Kopp, que as instalou. A manifestação foi feita ao fim da tarde de sexta-feira, pelo prefeito Glauber Lima, a dois diretores da Kopp, no gabinete.

O anúncio foi feito sexta à tarde, no programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM.

O serviço de lombadas eletrônicas consta da concorrência pública 018\ 2009, que deu origem ao contrato com a empresa Eliseu Kopp e Cia Ltda. O contrato foi assinado pelo ex-prefeito Wainer Machado e, na prática, os equipamentos nunca funcinaram, em função até de orientação do Ministério Público, assim como a menções sobre a localização inadequada dentro dos parâmetros técnicos especializados.

Em 2004, a Câmara, conforme a Lei 4.878, do dia 22 de novembro, autorizou o Executivo a realizar convênio para implantação de lombadas eletrônicas, não havendo aí, custos. Porém, foram gastos R$ 12 mil para adequação dos locais na gestão anterior.

Houve, naquele então, uma manifestação da Unidade Central de Controle Interno, ressaltando que o estudo para verificação dos locais de instalação deveria ser feito por um engenheiro de trafego e não por um técnico, como o ex-diretor de trânsito Adroaldo Barreto.

Diretores da Kopp com o prefeito Glauber e Martins: contrato foi rescindido

“Rescindi de forma definitiva o contrato com essa empresa e determinei a eles que retirassem os equipamentos de Livramento. Era um compromisso que tínhamos assumido, face ao formato com que foi construído. Penso que com ação e contestação no Ministério Público, como ocorreu, temos uma responsabilidade muito grande com a redução da velocidade nas vias da cidade, mas temos o entendimento de que não é com os pardais e lombadas, cujos contratos eram lesivos para a população, que vamos controlar isso. Eu disse aos diretores, pois tenho uma manifestação do Ministério Público determinando que os redutores não fossem efetivados. Eles não entraram em funcionamento até hoje. Os diretores da Kopp alegam que há desgaste e eu disse a eles que retirem o material das ruas e que ingressem em juízo para requerer o que supostamente alegam de prejuízo” – explanou Glauber Lima.

O secretário Alencastro Feippe Martins, titular do Trânsito, determinou, há duas semanas, que fosse suspenso o fornecimento de energia para todas as lombadas eletrônicas. Inclusive, a conta estava destinada à municipalidade, e foram canceladas. Segundo o Prefeito, dois diretores da Eliseu Kopp vieram e ouviram que não há mais nenhum tipo de comprometimento com esses equipamentos. “A empresa que retire. Para suprir a demanda da redução da velocidade em vários pontos da cidade, que é necessária, estamos realizando estudos para uso de redutores horizontais. Essas lombadas eram extorsivas ao bolso do contribuinte” – disse.

Martins informa que o contrato, feito no governo anterior, foi suspenso pelo próprio ex-prefeito Wainer Machado. “O contrato continha que o município pagasse por cada AIT – Auto de Infração de Trânsito – R$ 41,50. Foi estabelecido, segundo os estudos feitos na época, que as infrações anotadas estavam em uma média de R$ 82,00, só que esse valor incidiria desconto de 20%. Ao descontar dos R$ 60,00 e poucos reais restantes, energia elétrica dispendida em cada lombada, coleta de dados, aferição feita, tudo ficaria a cargo do município. Na época, foi feita uma planilha em que o município tinha que pagar essa infração. Era prejuízo na certa para o município. A empresa arrecadava R$ 41,50, independente de qualquer situação. Temos, hoje, várias opções de redutores de velocidade, com normas técnicas, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), como os tipo lápis, com tachões na horizontal – longitudinalmente – podem ser usados e funcionam” – especificou o titular da pasta do Trânsito.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.