Experiência de fé recebe a benção das mãos do Papa Francisco

Imagem da Virgem de Luján, padroeira da Argentina, está entronizada na Igreja Nossa Senhora do Rosário e foi abençoada, em 2009, pelo Papa Francisco

Conrado, Monica e Pe. Roberto Carlos com a imagem da Virgem de Luján

Essa história começa em uma peregrinação em 2009, iniciada em Buenos Aires, a 76 km da cidade de Luján, onde todo ano, no primeiro sábado do mês de outubro é celebrada uma missa, com mais de 1 milhão de peregrinos que ali vão orar, pedir e agradecer à Virgem de Luján, considerada pelos católicos, a padroeira da Argentina, Uruguai e Paraguai. Ela é uma das muitas figuras da Virgem Maria no catolicismo. Essa é uma caminhada de, no mínimo, 15 horas, de pura fé, gratidão e amor à padroeira da Argentina, representada em uma pequena imagem que chegou às terras argentinas no século XVII, medindo 38 cm de altura e trazendo as mãos juntas ao peito.

Imagem da Virgem de Luján abençoada em 2009 pelo Cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco

A personagem dessa história é Monica Oliver, argentina, que mora no Brasil há 30 anos, há 7 anos residindo em Sant’Ana do Livramento, pois seu esposo Conrado Antonio Oliver, é santanense. Todos os anos, ela participa dessa peregrinação, com entusiasmo e fé, sempre na expectativa de rever o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, cuja responsabilidade era rezar a missa, no templo dedicado à Virgem Maria, conhecido como “Santuário de Luján”. “Sempre que posso vou à peregrinação, porque sou devota da Virgem de Luján, e me esforço com espírito e sentimento para agradecer a saúde que possuo, a de meus familiares e amigos. Aproveito, também, para pedir a força e proteção devidas para encarar os desafios da vida”, declara, emocionada, Monica.

Com relação a participar de uma peregrinação que envolve religiosidade, fé e persistência, em uma caminhada de mais de 15 horas, Monica relata que usa roupas bem confortáveis, calça de abrigo, tênis e blusa. E confessa: “Quando se participa de um evento de fé desses, a gente se dá conta que dinheiro e roupa de grife não têm valor. Portanto, é com simplicidade, com amor e com gratidão que devemos levar a nossa vida, isso é que fica de aprendizado”.

Quando Monica Oliver participou da peregrinação, no ano de 2009, declarou com entusiasmo sua experiência nesse ano especial. “Eu resolvi comprar uma imagem da Virgem de Luján, que foi abençoada, na época, pelo Cardeal Jorge Mario Bergoglio. Isso é muito comum, as pessoas adquiriam correntes, anéis e imagens e depois o Pe. Bergoglio abençoava. Quando voltei para Livramento eu senti vontade de doar a imagem à Igreja Nossa Senhora do Rosário, e assim eu fiz. Na época, ela foi entronizada pelas mãos do Pe. Felipe Oliveira, com a presença de muitos fiéis”.

Imagem de Nossa Senhora do Rosário, exemplo de religiosidade aos fiéis da paróquia

Questionada pela reportagem de A Plateia sobre sua reação ao receber a notícia que o Cardeal da Argentina, Jorge Mario Bergoglio, foi eleito Papa, no dia 13 de março, Monica declara: “Estou surpresa até agora, mas a felicidade que sinto de saber essa noticia, através de uma amiga que me acompanha na peregrinação, foi um momento de muita alegria, eu nunca imaginei. Pensava muito no cardeal brasileiro como o nosso Papa, mas o Pe. Bergoglio, sendo o escolhido, o Papa Francisco, é uma emoção indescritível”. Ela conclui: “Saber que nós temos uma imagem da Virgem de Luján aqui ao lado de todos os fiéis santanenses, abençoada por suas mãos, só me deixa mais feliz. O Papa Francisco é um homem simples, sempre teve postura de humildade, quando ele rezava a missa, ao término da peregrinação, interagia com os fiéis. Ele é um exemplo de homem missionário, que sempre vai ao encontro das pessoas, representa um verdadeiro jesuíta”.

No momento do anúncio do Papa Francisco como o novo representante da Igreja Católica, o Pe. Roberto Carlos Rodrigues Barboza, responsável pela Paróquia Nossa Senhora do Rosário, estava no município de Bagé, em um encontro de padres da região. Ele diz que esse é um momento de alegria para toda a comunidade católica do mundo. “Penso que a simplicidade, o carisma, a devoção aos santos, a prioridade em atender os fiéis, nesse homem simples, que cozinha, que gosta de ir ao encontro das pessoas, que anda de ônibus, metrô, são, realmente, demonstração de uma vida bem ao estilo de São Francisco de Assis, dedicada totalmente a uma missão de contato”, concluiu o Pe. Roberto Carlos.

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