INTER: PREVALECEU O FAVORITO
INTER: PREVALECEU O FAVORITO
Escrevi na última coluna que o favoritismo era todo do Inter, cabendo ao São Luiz o papel de franco atirador. Muita gente não gostou, pois havia a esperança de uma surpresa por parte do time de Paulo Porto. Provavelmente muito mais pela capacidade do treinador do que propriamente do time em fazer frente ao Colorado. Em dez minutos de partida ficou claro que a vitória do Internacional era questão de tempo. O que surpreendeu realmente foi a dimensão do escore. Ninguém esperava, nem os colorados, que seria tão fácil.
MASSACRE FISICO E TÉCNICO
O Internacional literalmente destroçou, atropelou e estraçalhou o São Luiz dentro de sua própria casa. A parada ficou resolvida já no primeiro tempo, com os 2 x 0 de vantagem. Quando os times foram para o vestiário ficou claro que o jogo tinha perdido a graça (falando em termos de disputa parelha) e que a Taça Piratini estava decidida. Ainda teve a cereja do bolo com aquele gol antológico de Leandro Damião, o nome do jogo. Chamou a atenção não apenas a diferença técnica (reconhecida por qualquer um), mas principalmente a física, com o time de Ijuí babando na gravata e sendo patrolado sem piedade pelo time de Dunga.
GRÊMIO: JOGO PARA CLASSIFICAR
O gramado é um pouco melhor que um potreiro, mas é ruim para os dois e o adversário é muito fraco. Na Venezuela, concurso de Miss (as venezuelanas são estonteantes) reúne mais gente que jogo de futebol. E com toda a razão, tanto estética quando futebolística. Até um empate não é mau resultado em termos de tabela. O inadmissível é perder hoje para o Caracas e deixar para decidir contra o Fluminense, onde nenhum resultado é surpreendente ou contra o Huachipato, lá no Chile e ainda tratando-se da última partida do grupo. Seria dar muita chance para o azar.
PROPINA ESCANCARADA
O presidente do Sport-PE, Luciano Bivar, declarou que um empresário ofereceu-se para colocar Leomar na Seleção Brasileira em 2001, tendo inclusive pago uma comissão. Tradução: PROPINA. Ele disse o que nos bastidores do futebol é de conhecimento geral. Leomar que era, um volante de razoável para bom, foi convocado e logo em seguida negociado para o exterior rendendo um bom lucro ao clube pernambucano. No início dos anos noventa um lateral-direito comum, que atuava num clube gaúcho foi convocado para a Seleção, surpreendendo até ele próprio. No mês seguinte estava vendido para a Europa. A novidade trazida pelo presidente do Sport-PE não é o fato em si, mas admitir publicamente que pagou pelo “serviço”.
A PROPÓSITO…
Agentes, cartolas e procuradores fazerem pressão para convocações é coisa antiga em nosso futebol. De repente um jogador que “ninguém sabe, ninguém viu” e que joga num time que ninguém sabe que existe é convocado e o treinador deita falação na entrevista coletiva de que tem obrigação de acompanhar o futebol do mundo todo. Em diferentes épocas, surgiram denúncias de que era possível pagar para colocar um jogador na Seleção, existindo inclusive uma tabela para amistosos, Copa América ou Eliminatórias de Copa do Mundo. Pela primeira vez há uma denúncia concreta. Haverá investigação? Divido! Tele Santana, há vinte anos já dizia que “bastidores do futebol não é para gente séria”.
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