Parque Internacional

Consciente do que sou, sem esquecer o que fui, é que embalado pela notícia do jornal, me associo aos festejos de aniversário do Parque Internacional. Até porque, este tem a minha idade, um pouco mais velho, três meses apenas.
Como a história é um fato que conta o passado, desejo aqui complementar a escrita do jornalista que escreveu a matéria referente ao aniversário do Parque, te enviando foto da placa que está entronizada na escadaria do parque.
Conheci o Parque ainda menino, em memoráveis brincadeiras infantis, sem sequer sonhar que um dia teria a responsabilidade de revitalizá-lo. Assim foi que, quando vereador, eleito presidente da comissão de assuntos internacionais da Câmara Municipa, unindo a vontade e a responsabilidade de revitalizar o parque, fui tomar ciência da situação em que o mesmo se encontrava, e descobri que era bastante crítica. Faltava tudo, fiação, lâmpadas, recuperação dos passeios e a recuperação da grande vedete a “fonte luminosa”, que também não funcionava há muitos anos. Não tendo recursos públicos para recuperação, visto que os valores somavam grande volume financeiro, fui buscar ajuda.
Recordo-me da visita que te fiz, te convidando para ser o presidente de uma comissão executiva que pudesse buscar recursos particulares para este desafio, não hesitaste, aceitaste de imediato e fomos à luta. Buscamos parceiros para grande empreitada, logo se constituiu uma comissão de Riverenses para que juntos e sob a tua regência, conseguíssemos os recursos necessários para atender ao nosso glorioso objetivo. Este levou mais de um ano para ser alcançado, mas concluímos em novembro de 2004.
Em ato festivo, com banda militar e sob os aplausos da sociedade santanense e riverense, festejamos nossa conquista, a fonte luminosa e suas águas dançantes abrilhantaram a noite. E foi uma linda noite! Neste ato, foi descerrada uma placa com relação ao evento, com o objetivo de agradecer a todos que participaram deste desafio e eternizar o momento.
Para finalizar, busco na candura dos poetas e na letra de Heitor Rossato, a poesia em homenagem as nossas duas cidades:

SANT’ANA E RIVERA

“As cidades cavalgaram
Sobre o lombo da coxilha,
Que xucra de foi a encilha
Do espigão abarbarado!
Mas ele foi encilhado:
- Casas brancas de aconchego
Se estendem como um pelego,
Metade de cada lado.

E o lombilho faz divisa
Entre Sant’Ana e Rivera
Como relíquia campeira
Que nunca deve ter fim!
Peço a Deus que seja assim
Em tudo que for fronteira,
Em vez de bala e trincheira
Se estenda um parque e jardim.

São duas cidades vizinhas,
São duas vizinhas amigas
Uma é a terra de Artigas
Outra é o chão de Caxias:
São pampas da mesma cria,
E guascas de igual tarimba,
Água da mesma cacimba,
São versos da mesma poesia.

De quando em quando
algum marco
Com ar de guasca gaudério
Emponchado e muito sério
Faz a vez de sentinela,
Ao redor tudo é janela
Como a dizer p’rá visita
- Vê! Que xucreza bonita
Nesta paisagem singela.”

Agustin Argiles

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