Moradores avaliam a falta de manutenção das praças
Praças localizadas na Vila Santos e no Armour apresentam problemas desde limpeza à manutenção
As praças são espaços públicos amplos, que proporcionam convivência e recreação aos seus usuários, isto é, um local onde as pessoas buscam lazer. Alguns desses espaços podem promover e possuir atividades culturais e de entretenimento. Essa é uma das definições de praça pública, da qual a realidade nacional está em busca, até porque há problemas de várias ordens, desde a falta de educação; violência; consumo de drogas; até as questões visíveis de depredação, sob a ótica do vandalismo. Sant’Ana do Livramento também enfrenta esses problemas, e sua realidade não é diferente do restante do País.
Nas localidades Vila Santos, praça Carlitos Baglioni e bairro Armour, no Parque do Sol, onde a reportagem de A Plateia verificou a situação das praças, foi constatada a situação de abandono, por falta de limpeza e manutenção, conforme relatos dos moradores.
Segundo uma moradora da vila Santos, quando questionada sobre a utilização da praça, Fátima Arruda comenta: “No início nós usávamos, e muito, a praça. Com relação à limpeza, eu lembro que uma vez e outra vieram aqui para arrumar e manter, depois ficou assim nessa situação de abandono”.
As praças eram cuidadas há um tempo por moradores do bairro, conforme relato de Ronaldo Moreira. “Anos atrás, tinha duas vizinhas que arrumavam a praça, limpavam e plantavam mudas de árvores e flores, mas desistiram por causa do vandalismo da garotada”.
E conclui culpando o vandalismo pelo estado dos espaços públicos da cidade. “Se existem problemas hoje, em Livramento, metade é pelo vandalismo, pela falta de educação, pela falta de noção, e quem paga tudo isso somos todos nós, inclusive os pais desses adolescentes vândalos. A grande verdade é que todos esses estragos saem do nosso próprio bolso”, avalia Ronaldo Moreira, esposo de Fátima Arruda, moradores há mais de 10 anos da vila Santos.
No bairro Armour, no Parque do Sol, a situação é de falta de limpeza e manutenção do local, segundo o relato do morador Washington Miguel. “Os moradores, principalmente aqui da nossa rua, fizeram um apelo antes das eleições para limpar a praça, passar uma máquina, deixar limpa, mas nunca foram atendidos”, diz o morador há 23 anos do bairro. Sua esposa, Carmem Costa, quando questionada sobre a utilização da praça, comentou: “Meus filhos usaram essa praça, numa época que era bem cuidada. Hoje em dia, não usamos mais, está abandonada há uns três anos”.
Contraponto
Segundo a secretária de Serviços Urbanos, Ana Aseff, as solicitações para limpeza e manutenção geral de praças públicas estão sendo atendidas conforme o fluxo de pessoas e a localização central. “Nossa intenção é valorizar todas as praças, pertencentes a todos os bairros. No momento, estamos atendendo conforme a demanda”, afirmou Ana Aseff.
O trabalho exige manutenção, limpeza, conservação, pintura e iluminação pública. Segundo a secretária, dois pontos cruciais enfrentam cotidianamente as dificuldades e desafios: primeiro, é com relação à falta de pessoal, e segundo, a questão do vandalismo. “O primeiro problema será sanado ao longo da gestão pública, com a contratação de novos funcionários. Já o segundo, somente promovendo uma campanha contra o vandalismo, com a participação do poder público, escolas, imprensa e demais segmentos da comunidade santanense”.