Empresas de transporte coletivo aliadas aos trabalhadores

Empresas de ônibus geralmente dão cinco minutos de tolerância em horários que trabalhadores saem de empresas do comércio local

Compreendendo horário comercial de passageiros, empresas flexibilizam horários 

maioria dos usuários de transporte coletivo de Sant’Ana do Livramento utiliza regularmente as linhas para se deslocar de casa ao trabalho, e vice-versa. Grande parte desses trabalhadores atua em lojas do comércio local, que cumprem horários pré-estabelecidos, de acordo com cada empregador.

“Geralmente dá tempo de eu sair do trabalho e pegar o ônibus. É bom que o ônibus nos espera”, Carolina Jorge, 22 anos, atendente de farmácia

Como as empresas de ônibus também cumprem horários programados de acordo com cada região atendida, muitas vezes o trabalhador não consegue sair a tempo de seu emprego e chegar até um ponto de ônibus para utilizar o transporte que o levará para casa, o que gera reclamação por parte de alguns usuários, como recebeu há poucos dias a RCC FM, em sua programação matinal.

Tendo em vista essa situação, a reportagem de A Plateia procurou os responsáveis de cada empresa para ouvir deles qual método é utilizado para que os trabalhadores não tenham de esperar muito tempo pelo transporte.

Segundo o encarregado da empresa Vaucher, Batista Carvalho, o método utilizado desde sempre é o de atrasar a linha alguns minutos em horários de pico, para dar tempo de os trabalhadores do comércio subirem no ônibus. “Sempre saímos às 12h05 do terminal de ônibus. Não tem condições de sair em horário justo, pois prejudica o pessoal que está saindo das lojas, por exemplo”, explicou. Ao meio-dia, são disponibilizadas as linhas do São Paulo, Povinho e Km 5, que somente nesse horário atrasam seu itinerário em cinco minutos.

Além disso, o veículo que faz a linha Armour sai do terminal de ônibus às 12h15, como forma de se adequar aos horários de seus passageiros.

O gerente operacional da empresa Sosal, Alex Batista, disse que os motoristas da empresa são instruídos a, principalmente no horário do meio-dia, saírem do terminal de ônibus e percorrerem a rua Silveira Martins em velocidade reduzida, para atender seus principais passageiros do horário: os funcionários do comércio. “Além disso, temos quatro carros nesse horário, cada um com dois minutos de diferença de saída do terminal, para que os nossos usuários tenham várias opções”, destacou. As linhas Caixa D’Água, Brasília, Experimental e Wilson são disponibilizadas dessa maneira não só no horário do meio-dia, mas também no das 18h, em que o pessoal sai de seu trabalho no comércio.

“Na maioria das vezes, tenho que sair às pressas do trabalho para conseguir pegar o ônibus”, Leonardo Magalhães, 23 anos, auxiliar administrativo

O encarregado da empresa São Jorge também compartilhou do mesmo pensamento das outras empresas, afirmando que é dada uma tolerância de até cinco minutos nos horários do meio-dia e dezoito horas, para garantir que os usuários não percam o veículo desses horários.

Iara, da empresa Fonseca, assegurou que há interação com o público atendido: “Geralmente, o pessoal vem e nos fala de suas necessidades, pois as pessoas estão acostumadas a pegar o ônibus, principalmente ao meio-dia e às 19h. Nós, como empresa, temos sempre o compromisso de nos adequar às necessidades dos usuários”, ressaltou.

“Meu chefe me libera uns quatro minutos antes para poder pegar o ônibus”,
Mariana Soares, 28 anos, atendente de loja de roupas

 

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