Livramento terá espaço para a valorização da economia solidária

Catadores de PET serão mobilizados para participar do processo que envolve grandes cooperativas do Brasil e do Uruguai

Prefeito Glauber Lima e o presidente da Câmara Municipal, vereador Dagberto Reis, em reunião com representantes da Secretaria da Economia Solidária do RS

O prefeito Glauber Lima e o presidente da Câmara Municipal, vereador Dagberto Reis, receberam ontem a visita de representantes da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do Rio Grande do Sul, acompanhados pelo assessor do secretário João Motta, do Planejamento, Carlos Monti Henkin, e pelo coordenador da Central de Cooperativas da América Latina – COLACOTE, Franck Volcan, em reunião que discutiu a instalação de uma Casa da Economia Solidária em Livramento e outras ações voltadas ao estímulo à micro e pequena economia no município. Nelsa Fabian Nespolo, diretora de Economia Solidária da Secretaria, e Sara Marques apresentaram ao Chefe do Executivo Municipal e ao Presidente da Câmara os detalhes do programa “Cadeia Solidária Binacional do PET”, propondo a participação de Livramento nessa iniciativa.

A cadeia binacional do PET é formada por empreendimentos da economia solidária, que envolvem desde o trabalho dos catadores, que recolhem garrafas PET nas ruas e outros locais, passando pela transformação desse produto, através da reciclagem, em flake, fibra, fio, tecido, até a confecção de novos artigos, através do artesanato. Além de ser um projeto de preservação do meio ambiente, o programa também contribui para a distribuição de renda de forma justa, envolvendo desde os catadores organizados em cooperativas, no âmbito do município, até grandes cooperativas das áreas têxtil e de manufatura em Minas Gerais e no Uruguai.

Por sugestão de Dagberto Reis, o Município vai procurar articular todos os catadores que atuam na informalidade para que possam usufruir das vantagens do trabalho cooperativado e, também, participar da Cadeia Solidária Binacional do PET. Para o prefeito Glauber Lima, a iniciativa da Secretaria da Economia Solidária gaúcha vem completamente ao encontro dos propostas da nova Administração, que tem foco direcionado para a preservação do meio ambiente e a adoção de práticas como a coleta seletiva e o reaproveitamento dos resíduos recicláveis como instrumento de geração de emprego e renda. 

Cadeia da lã

Na reunião, também foi discutida a definição de um espaço físico para a instalação da Casa da Economia Solidária, com área para a exposição e venda de produtos desse segmento e também salas para uma estrutura administrativa. A princípio, a tendência é o aproveitamento de parte do prédio que deverá ser cedido pela Diretoria do Patrimônio da União no Rio Grande do Sul para a Prefeitura Municipal, localizado na rua Rivadávia Corrêa, 60, onde até há pouco tempo funcionou a sede do Tribunal Regional do Trabalho-TRT.

Por sugestão do vereador Dagberto Reis, o prédio já foi destinado para o município e a cedência deverá ser formalizada nesta sexta-feira, 18, com a presença da diretora do Patrimônio da União no Estado, Rose Carla Correa, que virá à cidade a convite do legislador. A Casa da Economia Solidária poderá instalar-se em parte do andar térreo do prédio, de acordo com os primeiros estudos, mas não está afastada a possibilidade de que se busque um outro local, em razão da necessidade de que os produtos da economia solidária tenham uma boa exposição ao público consumidor.

Dagberto Reis destacou a importância dessa iniciativa. “Para Livramento, é um grande impulso. Demonstra que o alinhamento que destacamos na campanha eleitoral está se concretizando, graças à sensibilidade do Governo do Estado e ao compromisso que o governador Tarso Genro possui com a nossa comunidade. Quero destacar, nesse sentido, o apoio que a Secretaria está dando também para a nossa Coofitec, que ganha um importante suporte para seu fortalecimento no mercado”, comemorou. Atendendo a uma antiga articulação feita pelo próprio Dagberto, em conjunto com outras lideranças e, principalmente, com os integrantes da cooperativa, a Coofitec foi incluída pela Secretaria de Economia Solidária na Cadeia da Lã do Rio Grande do Sul.

 

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