Francisco Manuel Barroso da Silva: Almirante Barroso

Rua que leva seu nome liga a avenida Paul Harris à avenida Daltro Filho. Na via, localiza-se a escola Professor Chaves e também a gráfica do jornal A Plateia

Francisco Manuel Barroso da Silva: o Almirante Barroso

A rua que leva o nome de Almirante Barroso está entre as vias relacionadas como limítrofes para a polêmica questão dos cavalarianos que costumeiramente cavalgavam no centro da cidade. Ela é o limite oeste do centro da cidade, e local de onde inicia a proibição do trânsito dos mesmos.

Mas você sabe quem foi o Almirante Barroso na história do Brasil?

Francisco Manuel Barroso da Silva ficou conhecido na história brasileira como almirante Barroso. Português de nascimento, tornou-se brasileiro por força da Constituição imperial de 1824.

Completou o curso na Academia de Marinha do Rio de Janeiro e, entre 1826 e 1828, participou com destaque dos combates navais travados durante a guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata. Também atuou no Grão-Pará, na luta contra a Cabanagem, distinguindo-se na retomada aos rebeldes da povoação de Igarapé-Mirim, em 1836.

Batalha do Riachuelo

Durante a Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança), comandou a divisão naval que apoiou a reconquista de Corrientes, em 1865. No dia 11 de junho do mesmo ano, obteve a vitória de Riachuelo, no rio Paraná, quando foi destruída a maior parte da esquadra paraguaia, comandada por Ignacio Meza. O resultado da batalha do Riachuelo garantiu o domínio das comunicações fluviais com o Paraguai e assegurou a eficácia do bloqueio através do controle dos rios Paraná e Paraguai. Também facilitou o isolamento e a rendição das forças do ditador Solano López no Rio Grande do Sul. Ainda em 1865, Barroso quebrou a resistência inimiga nas passagens de Mercedes e Cuevas, e tomou parte, posteriormente, nos combates de Paso de la Patria, Curuzu e Curupaiti, já na fase da contra-ofensiva dos aliados. Em 1866, dom Pedro 2º concedeu-lhe o título de barão com grandeza do Amazonas, em lembrança do nome do navio que arvorava a insígnia do comandante, na batalha do Riachuelo. Barroso recebeu, também, várias outras condecorações, como as ordens da Rosa, do Cruzeiro e de São Bento de Avis. Em 1908, quando da inauguração do monumento que lhe é dedicado no Rio de Janeiro, nele foram depositados seus restos mortais, trasladados da capital uruguaia por uma divisão naval capitaneada pelo cruzador Barroso.

LEONARDO SILVEIRA
leosilveira@jornalaplateia.com

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