Novos livros

Desde que publiquei o meu primeiro livro de crônicas em Santana do Livramento, no ano de 1968, intitulado “ O Viajante Confuso”, com a presença majoritária de ex-companheiros do curso clássico na fila de autógrafos, escrevi muitos outros livros de crônicas,biografias,livros de conteúdo esportivo,tendo como filão maior o meu Internacional e tambem participei ativamente do relato detalhado da vida de dois grandes lideres trabalhistas, João Goulart e Leonel Brizola, numa coleção de perfis sob responsabilidade da Assembléia Legislativa. Foram momentos gratificantes de um jornalista profissional, que gosta de escrever, retratando um pouco das suas idéias e sentimentos. Nos ultimos meses meu tempo foi ocupado,principalmente,com crônicas esportivas diarias e nos debates do Sala de Redação, na Radio Gaucha e este artigo domingueiro publicado aqui em A Platéia, minha primeira escola de jornalismo. Mas o que mais gosto de fazer é a crônica alicerçada em observações do cotidiano, que pode ser leve e risonha ou triste e crítica,conforme o impacto das minhas observações.
Pois, amanhã, vou autografar, a partir das 18 horas, no centro de Porto Alegre, um novo livro intitulado “Perdas e Gratificações”, dividido em quatro partes, com abordagens de temas diferentes. Várias crônicas e artigos reunidos no livro foram publicadas aqui neste espaço, na íntegra ou reduzidas ao essencial. Em janeiro, possivelmente, estarei em Livramento para fazer o lançamento do livro com a presença majoritaria dos meus conterrâneos e amigos . Vai ser muito legal nosso reencontro.

A seleção de 82

E por falar em livros, o Paulo Roberto Falção lançou nesta semana o livro “Brasil 82: o time que perdeu a Copa e Conquistou o Mundo”, na Espanha. Justamente é a derrota do time orientado por Telê Santana que o livro tenta explicar com depoimentos de jogadores e 20 crônicas que o Falcão escreveu direto da Espanha contando o dia a dia da seleção e suas expectativas em relação aos jogos da Copa do mundo. O livro contem um depoimento emocionado de Paulo Rossi, autor dos três gols da Ítalia contra o Brasil. Diz que dos três gols o primeiro foi o mais importante da sua carreira. E que experimentou uma sensação libertadora, sentindo que para ele se abriam as portas do paraíso. De fato, para Rossi e seus companheiros foi uma proeza derrotar a seleção do Brasil por 3 a 2, num final absolutamente inesperado para a maioria dos torcedores do mundo inteiro. Alem desses ingridientes saborosos, o livro de Falcão apresenta curiosidades e intimidades da delegação brasileira na Europa. E não exagera quando diz, inclusive no sub-titulo, que a seleção, sob o comando do Telê Santana, perdeu e conquistou o mundo. Eu não estava na Espanha quando a Copa se realizou. Mas cheguei um pouco depois, acompanhando a delegação do Internacional, que disputou e venceu o torneio Juan Gamper, em Barcelona. Os espanhóis só tinham elogios para a seleção brasileira derrotada. Eles ficaram extasiados com o futebol de Falcão e seus companheiros. Nem sempre o melhor ganha. E nem sempre os times que ganham merecem aplausos.

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