GRE-NAL SEM FUTEBOL

Escrevi semana passada que o ambiente para o clássico estava pesado e que o jogo poderia não terminar bem. Não deu outra coisa. Se existe alguma coisa que eu tenho a pretensão de conhecer, é a atmosfera que cerca um GRE-NAL. Foi o protótipo de nosso principal clássico. Pouco jogo e muita confusão. Não é o ideal, mas é a realidade. Exceção são os clássicos bem jogados, de boa qualidade técnica e conduta disciplinar elogiada. Os jogadores de Grêmio e Inter entraram “pilhados” pelos excessos cometidos em ambos os lados durante a semana. Terminada a partida todos tiram uma de “anjinho”.

POR FALAR NISSO…

A mediocridade técnica do GRE-NAL começa pela desqualificação de ambos os times e passa pela postura medrosa de Vanderlei Luxemburgo e Osmar Loss. O primeiro entrou em campo para não perder pensando que o Atlético-MG não venceria o Cruzeiro. E também para não ficar marcado como o técnico da derrota do último jogo do Olímpico. O segundo também entrou retrancado porque a seqüência de derrotas e atuações do time não lhe dava a confiança necessária de sair para o jogo. Resumo: jogo faltoso, provocativo, violento e sem oportunidades de gol.

VALEU PELA EMOÇÃO

O torcedor gremista extravasou toda sua emoção pelo último jogo do Olímpico. É compreensível. Foi sua casa durante 58 anos. Na Europa e EUA estádios são demolidos e levantados outros com a maior naturalidade. Questão cultural. Nós somos muito apegados e valores e referências. Com o tempo e o conforto proporcionados pela Arena, aliados a uma nova concepção de espaço esportivo, em que o torcedor passa a ser tratado como cliente, essa dor pela perda irá atenuar e até desaparecer. É importante não esquecer o passado, mas mais importante é projetar o futuro.

JOELMIR BETING

Existem pessoas pelas quais temos tanto respeito e admiração, que achamos que nunca irão morrer. Quando chega a hora, parece que não é verdade. Joelmir Beting é destas perdas que entristecem muito. No meu caso, a identificação com ele se dava pela amizade com seu filho Mauro Beting (comentarista esportivo da Rádio Bandeirantes) e pelo fato dele ter sido um comentarista econômico com uma palavra simples (sou Economista de formação acadêmica), além de ter atuado como jornalista esportivo. O jornalismo brasileiro ficou menos inteligente desde quinta-feira passada.

A PROPÓSITO…

Mauro Beting estava no ar, na Rádio Bandeirantes, onde analisava o empate do São Paulo com a Universidad Católica quando recebeu a notícia da morte de Joelmir. Passou a ler uma homenagem emocionante ao pai, onde qualquer um desabaria, mas seguiu firme e forte, mesmo com toda a dor daquele momento. Joelmir era um “frasista” maravilhoso, e sua paixão pelo Palmeiras criou uma pérola de amor ao clube: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”.

 

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