LUIS FELIPE SCOLARI

Qualquer criança de maternidade sabe que Mano Menezes foi escolhido para treinador da Seleção com o objetivo de guardar lugar para um técnico definitivo. Os mais cotados não aceitaram o convite dois anos atrás porque sabiam que seriam “fritados” ao longo dos anos. Sempre funcionou assim.
Felipão chega com menos força que 2001, mas tem o histórico do penta. Em 2002 ele tinha Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho e “São” Marcos no gol.
Hoje, Neymar é “o cara” e nunca saiu do Brasil. A safra não é boa. Impossível fazer omeletes sem ovos.

BANCO DO BRASIL E A PRESSÃO

No ano passado fiz uma metáfora neste espaço dizendo que “quem não quer trabalhar sob pressão que faça concurso para o Banco do Brasil”. Os gênios do Sindicato dos Bancários divulgaram um manifesto e me mandaram e-mail de protesto. Claro, os neurônios que possuem não são suficientes para entender o que eu escrevi. Pois leiam o que falou Felipão na entrevista coletiva:
“… Se não tiver pressão para quem joga futebol, é melhor trabalhar no Banco do Brasil, ali na esquina, sentar no escritório e não fazer nada”. E agora? Os luminares não irão fazer manifesto?

FAVORITISMO GREMISTA

Há muito tempo que um clube não chegava num Gre-Nal com tamanho favoritismo como no caso Grêmio para o jogo de domingo. Nada que tenha a ver com o grupo de jogadores, pois entre a crônica esportiva de todo o Brasil há uma crença de que o Inter foi a grande decepção do Brasileirão pelo time que possui “no papel” e que jamais confirmou dentro do campo. Isto sem contar a imbatível folha de pagamento (R$ 9 milhões). Os motivos, vários, já foram exaustivamente debatidos aqui mesmo neste espaço e passam longe da qualidade técnica dos jogadores.

FAVORITISMO – PARTE 2

O Grêmio abriu dezenove pontos de diferença sobre o Inter por méritos próprios. As evidentes deficiências em várias posições foram compensadas por algumas contratações pontuais e um esquema tático eficiente (dedo de Luxemburgo), tendo como suporte principal o profissionalismo dos jogadores, algo inexistente no Beira-Rio. Nada que proíba o Inter de vencer o Gre-Nal. São conhecidos os casos em que o franco favorito foi derrotado no clássico, na maioria das vezes pela motivação e estado anímico que este jogo estimula.

AMBIENTE DESAGRADÁVEL

A sensação no ar é de um jogo muito disputado e perigoso por vários motivos. O primeiro é simbólico: última partida no Olímpico e pela goleada que o Inter impôs ao Grêmio na inauguração do estádio. Por outro lado, os jogadores colorados estão sob grande pressão dos torcedores pela seqüência de derrotas e fracasso no Brasileirão. Já os do Grêmio lutam pelo vice-campeonato em função de uma pré-temporada de qualidade visando a Libertadores.
Pior: de ambos os lados brotam declarações nada agradáveis. O ambiente está pesado.

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