Desfile militar evidencia o patriotismo em diferentes gerações

Andrews com a família santanense

Há quem tenha ficado curioso com esses pequenos militares vestidos de branco e vermelho – explicação: são alunos do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), que pela primeira vez encaminhou representação para o desfile em Sant’Ana do Livramento. No grupamento formado por meninos e meninas, um santanense: Andrews Silva (na foto, à dir.), 16 anos, estudante do 2ºAno do EM. Filho de militar, Andrews nasceu em Livramento, é ex-aluno do colégio Moyses Vianna, e agora vive com o pai militar e a mãe professora na Capital. “Estou feliz e emocionado. Minha família ainda não tinha me visto desfilar pelo Colégio Militar e vai ser muito legal. Também adorei rever os amigos“, declara.

 

Aluna com distinções por mérito e estudo por ser a 6ª melhor média da turma do 9º ano e integrar a Legião de Honra do CMPA, Roquelly Neuhaus (centro), 14 anos, adorou conhecer a Fronteira. “Fiz aquele negócio de um pé em cada país umas 100 vezes”, conta. Dos free shops, ela está levando tênis e perfumes.

Giovani Bom (à esq.), 13 anos, aluno do 8º ano, também é de família militar. Ele não conhecia Livramento, mas adorou. “Achei legal, um lugar novo. Adoro conhecer novas culturas”, revela. Da Fronteira, levou um relógio, alfajores e chocolates.

 

Os pracinhas Angélica e Fermino desfilaram no carro. Para ele, uma emoção repetida todos os anos, desde que voltou da luta na Itália, quando integrou a Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial. Dos santanenses que estiveram no combate, Fermino é o único vivo.

Dona Angélica, por sua vez, estava satisfeita. “Quando terminei o curso, a guerra acabou”, lembra. Por isso, ela não chegou a enfrentar as forças inimigas – e nunca havia integrado o desfile militar. Lisonjeada pelo convite feito pelo comandante do Sétimo, tenente coronel Marco Antonio Cagnoni, aos 97 anos a enfermeira voluntária passou pelo centro de Sant’Ana junto com a tropa. “Tenho um amor muito grande pela pátria e, principalmente, pelo Sétimo”, manifesta.

 

Essa turminha encantou o público que acompanhou o desfile.

Devidamente fardado para a ocasião, Cauê Nathan Dutra Belmonte (na foto ao lado), 8 anos, desfilou pela primeira vez. O avô, o militar da Reserva capitão Dutra, foi quem incentivou o menino a acompanhar o Sétimo. “Estou um pouco nervoso, mas só porque é a primeira vez”, revelou Cauê, sem perder a pose.

Na concentração do Corpo de Bombeiros, o efetivo infantil foi maior. Rafaela Prates Teodoro, 4 anos, a irmã Mariana, 3, João Victor Santana, 4, e Yuri de Paula, 7, (na foto acima, da esq. para a dir.) estavam animados. Vestidas como os militares, as crianças desfilaram em viatura do Corpo de Bombeiros. Enquanto aguardavam, deu tempo de Yuri dar uma relaxada no parquinho (ao lado)

 

 

A primeira passagem em revista pela tropa foi feita pelo capitão Délcio de Deus Gulart (em pé na viatura), que também comandou o desfile militar. De família santanense, Délcio é filho do coronel Gulart, ex-subcomandante do Sétimo de Cavalaria, e retornou à Fronteira da Paz neste ano.

O desfile motorizado do 7º Regimento de Cavalaria Mecanizado estava sob o comando do capitão Rodrigo Dill Pinto (na foto, ao centro). Ao todo, o Sétimo apresentou 33 viaturas militares, com 112 homens. A preparação para essa parte do efetivo teve início às 5h30, no Cerro do Depósito.

A 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea desfilou com uma uma Seção Antiaérea – formada por quatro viaturas, sendo dois canhões de 40 mm e uma viatura alvo aéreo. Cerca de 30 homens fizeram parte do desfile motorizado da Artilharia, sob comando do capitão Rodrigo Leonardo Sena (na foto, à esq.)

A tenente Flavia Rodrigues Cardoso de Aguiar, 35 anos, é dentista e ingressou no Exército neste ano. Ela desfilou de branco, ao lado dos colegas do Posto Médico. Geralmente confundidos com uma representação da Marinha, os militares da equipe de saúde desfilam de branco. “Estou tranquila, as pessoas gostam de ver o pessoal desfilar de farda, deverá ser legal”, manifesta Flavia.

Foi a primeira vez, também, que a dupla desfilou junta. Há cinco anos na BM e dois no canil, o soldado Roberto Rodrigues, 28 anos, ganhou a companhia de Kalifa, uma cadela de 5 anos, adestrada para guarda e proteção no canil do POE. “Ela nos acompanha nas operações e abordagens e obedece aos comandos”, explica Rodrigues.

Como prova de que as mulheres estão em todos os setores, a soldado Lisiane Castro, 34 anos, integra o efetivo do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar, há seis anos. São duas as mulheres do grupo. “Geralmente, chama a atenção das pessoas duas mulheres em uma equipe tática especial”, reconhece.

Representante do pelotão de Polícia Ambiental, o soldado Pablo Maciel Peres, 21 anos, explica que o chapéu integra a farda operacional do grupo. Outros policiais desfilaram nas viaturas da Ambiental.

Representando os salva vidas do Corpo de Bombeiros, os soldados (da esq. para a dir.) Erick Rocha e Lucas Veloso, de 21 e 22 anos, desfilaram em roupas de neoprene

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1 Comentário

  1. rafael sena

    gostaria de saber se o pelotão hipo montado não desfilou, gostaria de ver as fotos, grato.

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