Fluminense e Palmeiras

O destino destes dois grandes do futebol brasileiro já estava traçado há alguns meses. O Fluminense investiu em jogadores de qualidade, manteve o treinador Abel Braga e ainda contratou o executivo Rodrigo Caetano, uma referência da profissão no país. Campeão merecidíssimo. Na outra ponta, o Palmeiras é o protótipo de como não se deve dirigir um clube. Intrigas internas (até revólver já rolou em reunião do Conselho), denúncias de corrupção, desmandos administrativos e um time limitado. Deu no que deu.

GRÊMIO COLHE O QUE PLANTOU

Qualquer criança de maternidade sabe que a posição do Grêmio na tabela é superior à qualidade do time. Todavia, diferentemente do Inter, o Grêmio trouxe um treinador reconhecidamente competente e contratou jogadores com alto espírito de profissionalismo, ou seja, comprometidos com o projeto e história do clube. Pouca grife, bom futebol e vontade de vencer. A vitória contra o São Paulo é a comprovação deste fato. Ambas as equipes entraram em campo classificadas para a Libertadores e mostraram uma entrega comovente num grande jogo e com estádio lotado.

CASTIGO MERECIDO

Nada acontece por acaso. O Internacional sublimou na insistência de colocar amadores em cargos que deveriam ser ocupado por profissionais. Nunca vi uma diretoria errar tanto em um mesmo ano, num misto de incompetência com irresponsabilidade. A sorte de Giovanni Luigi foi ter vencido as eleições no Conselho Deliberativo. Se a decisão ficasse para o “pátio”, qualquer um da oposição faria a festa. Não será fácil para Luigi navegar em águas calmas em 2013 sem o apoio da torcida.

POR FALAR NISSO…

Nem mesmo uma eventual vitória no Gre-Nal da última rodada mudará a pressão das arquibancadas. Vale lembrar ainda, que dia 15 de dezembro haverá eleição entre os sócios para renovar 150 cadeiras (quase a metade) do Conselho Deliberativo. É justo aceitar que a oposição sairá amplamente vencedora, passando a ter maioria dentro do Conselho do Inter. Resumo: a vitória dentro do Conselho pode ter sido uma “vitória de Pirro”, pois a atual direção deverá perder inclusive o apoio dos bastidores.

INTER: ZONA DE CONFORTO

Um dos grandes problemas do Inter é a chamada “zona de conforto” detectada por Fernandão. Forlan e D’Alessandro, por exemplo, possuem contrato até 2015, salários de R$ 700 mil e estão jogando quase nada. Mesmo que o Inter queira negociá-los, quem irá contratá-los por este salário? Qual o interesse deles em sair, se jogando ou não, o salário tem que ser depositado religiosamente ao final do mês? E não são os únicos nesta situação.

CURTINHAS…

* Se Luxemburgo quer ficar, diz que não quer aumento e a futura direção diz que quer Luxemburgo, porque a demora para a renovação? Estranho!

* Se a direção colorada não quer Fernandão, porque não ir logo atrás de um nome para substituí-lo? Em dezembro os bons já estarão todos recolocados.

* Palpite: Luis Felipe Scolari e Luxemburgo, dependendo dos acertos, serão os treinadores de Grêmio e Inter (não obrigatoriamente nesta ordem) em 2013.

* Com o atual vestiário colorado, Dunga seria uma ótima solução. Sério, trabalhador, exigente e competente. Ele enquadraria até a direção.

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