GRÊMIO X ATLÉTICO FOI TREPIDANTE
Para um jogo ser de boa qualidade não necessita ter muitos gols. Se tiver, ótimo. Grêmio x Atlético-MG foi intenso, bem disputado, com jogadas de qualidade e sem deslealdade. O resultado acabou sendo bem pior para o time mineiro que viu o líder Fluminense desgarrar. A luta do Grêmio é mais pelo G-4 e nesse aspecto segurou o Atlético-MG e foi favorecido pelo empate do Vasco da Gama. Acho até que o principal adversário do Grêmio para o G-4 é o São Paulo que vem numa crescente. Já o Vasco da Gama, parece que degringolou. Até a água havia sido cortada em São Januário por falta de pagamento.
INTER: SIMPLES OBRIGAÇÃO
Independentemente de crise ou “não crise”, vencer o Bahia dentro de casa é mera obrigação, mesmo que o time da “Boa Terra” esteja fazendo um ótimo segundo turno. A diferença de qualidade entre os dois times é abismal. Por isso mesmo, creditar a vitória ao “chute no balde” de Fernandão após o jogo contra o Sport-PE é muita ingenuidade. Os próximos jogos proporcionarão uma melhor avaliação do tsunami que abalou o vestiário colorado: somente uma seqüencia maior de jogos poderá estabelecer relação de causa e efeito entre a bronca do vestiário e os resultados de campo.
POR FALAR NISSO…
Mais um pacto depois da vitória de domingo sem a combinação com os adversários. Agora é de somar nove pontos nos próximos três jogos, todos evidentemente sem nenhum grau de dificuldade: Cruzeiro e Santos fora de casa e Atlético-MG em Porto Alegre. Tem gente no Beira-Rio que se ficar calada, vira poeta.
FLUMINENSE FOI O FAVORECIDO
O time de Abel Braga tem méritos de sobra para liderar o Brasileirão, mas recebeu todo o tipo de “ajudinha” na rodada passada. Começou no sábado, jogo contra o Náutico em que o zagueiro Gum fez um pênalti de concurso não assinalado pela arbitragem no último minuto de partida. Se o Náutico converte o pênalti, seriam dois pontos a menos na tabela para o tricolor carioca. No domingo a ajuda veio dos adversários: Grêmio, Atlético-MG e Vasco da Gama empataram. O Fluminense já abre uma frente razoável de seus mais próximos seguidores.
BRA-PEL: O SONHO NÃO ACABOU
Foi de arrepiar a mobilização da cidade de Pelotas para o Bra-Pel de domingo passado. Estádio lotado, torcida vibrante e tensão dentro do campo. Como recordar é viver, não tem como não me lembrar dos vários clássicos que tive a oportunidade de apitar. Adrenalina pura. Pressão total. Saía do jogo esgotado física e emocionalmente, mas gratificado por fazer parte de um espetáculo emocionante. O Bra-Pel é o maior exemplo de que o sonho de um futebol pujante em nosso interior não morreu.
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