INTER: APENAS O DEVER DE CASA

O momento do Inter é delicado e a goleada sobre o Atlético-GO foi importante, mas ninguém pode creditar a vitória de domingo à troca do comando técnico. Não vamos nos enganar. Vencer o lanterna é obrigação. É vencendo os pequenos que um time grande se habilita a lutar pelo título. Contra o Figueirense amanhã, que também não faz nada mais do que lutar contra o rebaixamento, poderemos ter uma idéia melhor sobre as pretensões do Inter no campeonato. Neste Brasileirão o time colorado tem sido melhor no papel do que dentro de campo. 

FERNANDÃO: SOLUÇÃO MÁGICA 

Num curto prazo pode mexer com o vestiário e levantar a torcida, conseguindo alguns bons resultados. Mas será que num prazo mais longo, com as cobranças naturais, conseguirá estabelecer um padrão de jogo que leve o Inter a disputar o título? Tenho minhas dúvidas. O fato de ser um líder nato ajuda, mas por si só não é suficiente para garantir ter credencial para ser treinador e logo num grande clube. A efetivação de Fernandão como treinador nada mais é do que uma aposta. E como tal, tudo pode acontecer. 

LUXEMBURGO ENCAIXOU AS PEÇAS 

A partir da contratação de Elano, que arrumou o meio-de-campo, o treinador gremista achou o lugar ideal para as peças que têm à disposição. Souza é muito bom na contenção da zaga e Fernando é um ótimo segundo volante, fazendo com que Zé Roberto, apesar da idade, possa desfilar sua técnica privilegiada. Com a volta de Kleber, o ataque deve melhorar, pois Marcelo Moreno é inconfiável e André Lima não existe. Marcelo Ghroe, até agora, não deu saudades de Victor. 

GRÊMIO EMPILHA VITÓRIAS 

Num campeonato longo e difícil, onde não tem ninguém sobrando, encarreirar três vitórias (duas fora de casa) é sinônimo de flertar com vôos mais altos, da mesma forma que o contrário leva o time para uma situação incômoda e por vezes até desesperadora. O momento é de aproveitar a maré nadando a favor para acumular gordura que todos acabam queimando ao longo da competição. Contra o Fluminense amanhã, o jogo cresce de importância porque o time carioca é adversário direto na tabela. 

TREINADORES ÍDOLOS 

Contratar para treinador ex-ídolos do clube é uma atitude simplista que demonstra a falta de planejamento dos cartolas de nossos clubes. Pessoalmente penso que Fernandão, assim como Paulo Roberto Falcão e Renato Portaluppi não deveriam aceitar treinar os clubes onde fizeram história. Não podem manchar suas biografias deixando suas imagens nas mão de demagogos. É só lembrar a forma calhorda como Falcão e Renato foram demitidos. Com Fernandão não será diferente caso bata de frente ou não se submeta aos caprichos da cartolagem. 

CURTINHAS… 

* Numa boa: Fernandão era o gerente executivo do futebol colorado. Difícil acreditar que ele não tenha participado da decisão de demitir Dorival Junior. 

* Com a parte líquida que lhe cabe na venda de Oscar, o Inter cobre dois meses da folha de pagamento. Vale à pena? 

* Darei o desconto da estréia e à falta de ritmo para não “cravar” que Clarence Seedorf é mais um ex-jogador em atividade. 

* Perguntinha: quantos minutos D’Alessandro ficará em campo amanhã sem levar um cartão (amarelo ou vermelho)?

 

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