TÍTULO É PARA COMEMORAR

Não importa se a RECOPA são apenas dois jogos. Oferece uma grana razoável e acima de tudo, visibilidade. Clube de futebol vive de títulos, e o torcedor colorado não tem do que reclamar. Desde 2006 o Inter levanta, no mínimo, um caneco de nível internacional todos os anos. É a compensação de não levantar um título do Brasileirão desde 1979. A vida é feita de ônus e bônus. Se ganha de um lado e perde-se do outro: nada é perfeito. Assim, justificam-se todas as comemorações pelo bi-campeonato da Recopa Sul-Americana. 

LEANDRO DAMIÃO “É O CARA”

Ouso dizer que desde a época de Fernandão, o atual centroavante colorado é o jogador que mais se identifica com a camisa e o torcedor colorado. Muito mais que Alexandro Pato, que mesmo tendo sido campeão mundial, foi profissional por parcos seis meses antes de ir para a Itália. Não teve tempo de se tornar um referencial como Leandro Damião. É óbvio que o fato de ser um goleador nato é fundamental, mas o carisma e a empatia de Damião com a torcida é superior a qualquer jogador desde a “época Fernandão”.

AGORA TUDO É GRE-NAL

Mesmo sem os suspensos Guiñazu e Nei, e talvez D’Alessandro lesionado, o Inter chega ao clássico como franco favorito. A rivalidade pode minimiza a dimensão deste favoritismo e existem exemplos, mas que são exceções que confirmam a regra. As diferenças de objetivos, que são gritantes, confirmam isto: o Inter ainda pensa no título brasileiro e o Grêmio só pensa em lutar contra o rebaixamento. Neste domingo, cabe ao Inter confirmar a regra e ao Grêmio, a exceção.

CELSO ROTH: COBERTOR CURTO

O dilema do treinador gremista é como segurar o ataque do Internacional, sem perder a força ofensiva necessária para chegar à vitória. Não pode sair para o ataque franco, pois abrirá espaço para Damião e Cia. Por outro lado, se ficar retrancado, como chegar à frente? Pelo que se ouve, mudará meio time para o clássico, principalmente no setor defensivo. Solução difícil, mas Roth recebe mais de R$ 300 mil por mês para isto.

JOBSON: UM TRISTE FIM

O talentoso atacante Jobson parece não ter solução. Foi demitido do Bahia. Ídolo da torcida, passou a se sentir acima do bem e do mal. Levava mulheres para a concentração, chegava embriagado a treinos e vivia pedindo adiantamentos, pois gastava todo o salário em quinze dias. Sem poder atuar mais este ano, pois já defendeu dois clubes (limite imposto pela FIFA), Jobson espera pela decisão da Corte Arbitral do Esporte em seu processo por uso de cocaína. Como é reincidente, pode pegar uma longa suspensão. Seria o fim melancólico de mais um que não soube aproveitar as oportunidades que o mundo da bola lhe ofereceu.

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