Secretaria da Saúde busca esclarecer questões sobre vacina da gripe para ampliar campanha

Boatos sobre a eficácia e efeitos colaterais da vacina afastaram pessoas dos postos de vacinação

Cândida Einloft responsável pela vacinação na cidade

Devido à baixa procura pela imunização contra a gripe nos postos de vacinação, não só da cidade, mas de todo o Estado, a campanha de vacinação contra a gripe acabou sendo prorrogada, pois seus número atingiram resultados muito abaixo do esperado. Para esclarecer algumas questões que estão entre as mais comuns apresentadas entre os santanenses, contatamos a responsável pelas imunizações na cidade, a enfermeira Cândida Einloft, que esclareceu alguns pontos.

Sobre a gripe

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada, ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias, podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz. Vários estudos demonstram que títulos de anticorpos pós-vacinais declinam no curso de 1 ano após a vacinação. Sendo assim, a vacinação anual é recomendada para uma ótima proteção contra a gripe, sendo recomendada mesmo para os grupos alvos que receberam a vacina na temporada anterior.

Os casos graves da doença evoluem para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são muito mais comuns entre menores de 2 anos, idosos e pessoas com história de patologias crônicas ou gestante, podendo elevar as taxas de mortalidade nestes grupos específicos. A vacinação pode reduzir entre 32% e 45% do número de hospitalizações por pneumonias, e de 39% a 75% da mortalidade. Entre os residentes em lares de idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente. Referem, ainda, a redução de mais de 50% nas doenças relacionadas à influenza. As vacinas influenza sazonais têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas.

São constituídas por vírus inativados, o que significa que contêm somente vírus mortos e há comprovação que não podem causar a doença. Processos agudos respiratórios (gripe e resfriado), após a administração da vacina significam processos coincidentes e não estão relacionados com a vacina. Entende-se por evento adverso pós-vacinação (EAPV) todo agravo à saúde.

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