A poesia de José Ronaldo Viega Alves

“De onde vem a onda?\Aonde vai a onda?” (Telas e Teias – José Ronaldo Viega Alves.

Um poeta sempre reflete seu mundo interior. Com José Ronaldo não é diferente. O autor de mais de vinte livros publicados escreve versos como se estivesse conversando. Os temas são os de todos os mortais. Sensações vividas, lembranças de tempos idos. Amor pelo cinema refletido em sua última obra. Em “O livro da recriação”, no poema “Sacudindo a poeira”diz: “retirar a poeira das estrelas\que em seus ombros se acumulara\ depois de uma noite de luar.” No livro “As cores da memória” fala ainda sobre o amor, no poema: “Primeira e última vez”, confessa:” O amor,\depois de instalado,\ vai apagando as parte da memória anterior,\e fazendo com que tudo\tenha o gosto, da primeira vez.”

Em seus “Ensaios sobre viagens no tempo” deixa transparecer sua preocupação com o tempo, com a finitude. No poema “Relógio” fala:”A memória \é só um relógio\que enlouqueceu.\Ponteiros andando para trás,\na busca de um tempo\que se perdeu.” Em “ACriação &Golens” discorre sobre a lenda judaica que o encanta pelo mistério que a envolve e as consequentes digressões filosóficas sobre o tema em questão. No poema “Memória d’Água” comenta: “Uma medusa\trazida pelas correntes\ veioparar\na areia da praia\. Em instantes,\sua memória d’água,\ começou a evaporar.”.

Difícil discorrer sobre o universo poético de José Ronaldo Viega Alves sem compreender sua inquietação, não apenas sobre o mundo que o rodeia, mas como a de um estudioso de temas científicos que o levaram a escrever sobre a história da maçonaria, trabalho ainda não publicado. Dedica-se também, no momento, à análise do autor de Salamanca do Jarau, Simões Lopes Neto e sua atuação como maçon.

Em “O tempo e seus labirintos” pode-se apreciar as crônicas do autor mostrando sua versatilidade quanto ao gênero literário.

José Ronaldo Viega Alves possui diversos prêmios em concursos de poesia, conto e crônica tendo participado em mais de cinquenta antologias. É membro da Academia Santanense de Letras para alegria de todos seus confrades.

 

Por Maria Regina Prado Alves

 

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