Comédia Brasileira

Os números da aprovação,pelos eleitores brasileiros, da presidente Dilma Roussef, são consagradores. E refletem o sim a sua gestão administrativa, mas tambem ao seu estilo peculiar de se comportar no cotidiano da presidencia. Não fui consultado para responder o que acho do dsempenho da Dilma. Mas se fosse teria a mesma opinião da maioria. E não que considere a presidente capaz de fazer milagres, chegando a uma patamar de eficiencia inimaginável por seus antecessores. Mas,sobretudo, porque a Dilma não levou para o Palácio do Planalto vicios de políticos profissionais, atrelados a prática demagógica, rejeitada por brasileiros bem informados. A Dilma diz o que pensa,sem a preocupação de agradar ou desagradar setores políticos que apoiam ou fazem oposição ao seu governo.Não enrola,não engana seus interlocutores com frases decoradas,servidas para agradar o paladar dos trouxas.E,acima de tudo,mostra pouca disposição para conviver com políticos profissionais,que não fazem outra coisa senão pensar na eleição do ano seguinte.Minha impressão é de que só os recebe por imposição protocolar.Se pudesse, a incumbencia seria transferida para assessores mais tolerantes com a invasão dos seus ouvidos por comentários imprestáveis e reivindicações fora de propósito.É nisto que a Dilma se diferencia do seu antecessor na presidencia.Ela não tem nenhuma vontade de convidar Sarney ou Collor para um jantar na Granja do Torto. Prefere ficar à distancia de políticos profissionais, que não expressam idéias próprias,mas se esmeram em ser grandes atores da comédia brasileira.

Carlos Fuentes

Quando um grande escritor morre,diminui o valor do tesouro da sabedoria universal.E só nos resta lamentar a morte de quem teve tantas vidas na construção dos seus personagens.Lamento que me toca nesta semana marcada pela morte do escritor mexicano Carlos Fuentes, aos 83 anos de idade,em pleno exercício da sua atividade literária. Vítima de hemorragia interna, Fuentes deixou a sociedade mexicana órfã do seu talento e vocação para discutir problemas politicos e sociais do seu país.Dividindo-se entre a diplomacia e a literatura, Carlos Fuentes escreveu vários livros,clássicos da língua espanhola, como “A Morte de Artêmio Cruz ” e “Aura”.Mas nunca esqueceu os compromissos da cidadania,que o faziam preocupar-se cada vez mais com o futuro da sociedade mexicana, ameaçado pela criminalidade dos cartéis de narco-traficantes. Em sua vida pessoal, Fuentes não foi um homem feliz,porque perdeu um filho, hemofílico, aos 25 anos de idade e uma filha, Natasha, aos 30 anos,aparentemente vítima de overdose.Dez anos antes, ela começou sua queda no poço escuro das drogas e nunca mais saiu de lá.Com tantos problemas de comportamento,sua relação com o pai se transformou num pesadelo.Por isso, o problema das drogas jamais ficou à margem das preocupações de Fuentes.E a culpa por elas existirem não é,segundo ele, somente da sociedade mexicana,mas tambem dos norte-americanos.Fuentes comentou, um dia,que os cartéis mexicanos não exportariam tanta droga se não houvesse,do outro lado da fronteira,milhares de consumidores dispostos a pagar bom preço por ela.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.