O MAIOR MANDAMENTO

Jesus Cristo, o único Salvador da humanidade, com divina autoridade, deixou-nos o maior mandamento, quando disse e comprovou: “Dou-vos um novo mandamento. Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deixeis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”(Jo 13,34 e 35). O preceito do amor fraterno decorre deste maior mandamento divino: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando (Jo 15, 13 e 14).O primeiro mandamento (amar a Deus de todo coração…), está vinculado ao segundo (amar o próximo como a si mesmo), porque a pessoa humana, sem acepção de qualquer outra, é objeto do Amor infinito de Deus, que a criou à sua imagem e semelhança. Portanto, tudo o que fazemos retamente aos nossos irmãos, sobretudo, os mais necessitados, é a Deus mesmo que o fazemos, como o proclamou nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 25, 40). Quando, à imitação do Senhor na prática de todo bem assim atuamos, estamos realizando a mesma coisa, como instrumentos do Amor de Deus, colaborando com ele para a felicidade da pessoa carente de nosso auxilio. O missionário redentorista, Pe. Robson Oliveira, numa homilia, enfatizou, com muita clareza, esta verdade, dizendo: “O bem que fazemos é fruto de nosso amor ao próximo comprovando o nosso amor a Deus. “O caminho está aberto; cumpre-nos empenhar com todas as forças do nosso ser, para vivermos a comunhão com Deus e os irmãos”.

A Campanha da Fraternidade deste ano 2012 vivida neste tempo quaresmal, nos insere no contexto da caridade cristã, do mais excelente amor, pois a preservação e a defesa da vida divina em nós, desde a concepção até à morte, em todos os meandros da saúde física e espiritual, é o imperativo categórico da caridade caracterizando-se como a rainha de todas as virtudes teologais e morais; portanto, alicerçada na fé e na esperança permanecerá eternamente, enquanto que a fé e a esperançaescatológica desaparecerão no término da vida terrestre, segundo o apostolo São Paulo, no importante capítulo treze da primeira Carta aos Coríntios: ” A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão e a ciência findará. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita; mas quando vier a perfeição o imperfeito desaparecerá. Agora, subsistem estas três coisas: a fé, esperança e caridade. “A maior delas, porém, é a caridade” (1 Cor 13,8-10.13).No dia 29 de Janeiro do ano em curso S.S Bento XVI na oração do Angelus, enalteceu o infinito Amor do Pai transmitido ao Filho Unigênito: “…Jesus que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande que O leva a dar a sua vida, porque é Amor. Numa das suas cartas, santa Catarina de Sena escreve: “È necessário que nós vejamos e conheçamos, na verdade, com a luz da fé, que Deus é amor supremo e eterno, e não pode desejar outra coisa, a não ser o nosso bem” (Ep 13 in: Le Lettere, vol. 3, Bologna 1999, 206). Todo aquele homem e aquela mulher que crê na Ressureição de Jesus Cristo, terá nesta Páscoa o coração voltado para Deus e os irmãos peregrinos deste mundo, sob a feliz chance de reformular sua vida, reconstruindo-a autenticamente no Amor divino, através de uma renovada reconciliação sacramental, posto que só o amor vivifica no sentido novo, mesmo que” se os pecados forem vermelhos como a púrpura, tornar-se-ão brancos como a lã”… Eis o maior mandamento: O AMOR ! “Contém toda a lei e os profetas” (Mt 22, 40).

 

Pe. Hermes da Silva Ignácio.

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