Nos bens materiais, a melhor espiritualidade

Mateus Vinte e Cinco é o Evangelho da Administração. Somos mordomos, administradores e administradoras das riquezas de Deus; das riquezas materiais e das do espírito. Tomar o nome de Deus em vão, um dos mandamentos do Êxodo, diz assim: “Não pronunciarás o nome do teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar seu nome em vão.” Procuremos em outras palavras de Jesus o sentido autêntico desta lei do Sinai, levada à perfeição no Sermão da Montanha.

E encontraremos facilmente a verdade de Jesus sobre o Pai: Sede perfeitos como como voss Pai é perfeito” – este é o fim do Capítulo Quinto de Mateus. De Deus não vem o pecado, não vêm de Deus as consequências do pecado, porque na natureza não existem prêmios nem castigos,existem consequências. Para aliviar e até eliminar os resultados do mal, está aí, entre nós, o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo – João Um, vinte e nove. Podemos ler em Mateus Um, vinte e um, o anúncio feito a José, pai adotivo de Jesus:

“Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados.” E a salvação é claramente explicitada em João Dez, dez, meu versículo de estimação: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância.” Por que, então, dizemos que o desígnio de Deus é que uns tenham tudo, uma minoria; e que na pobreza vivam os outros, maioria? Dizer isso é tomar o nome de Deus em vão. É fácil perceber o desígnio do Deus que distribui assim a riqueza, mas seu desígnio é para a felicidade dos que têm e dos que não têm.

Como assim? São Leão Magno, Papa do tempo de Átila, século quinto, anos quatrocentos, diz: “O que ele reprovará aos que estiverem à esquerda senão ter negligenciado o amor, a dureza da humanidade e ter recusado a misericórdia aos pobres?” E mais: “As riquezas são boas e muito úteis à sociedade humana, desde que estejam em mãos benevolentes e generosas.” Logo, qual é o desígnio de Deus? A misericórdia, sim, porque o desígnio de Deus é o que ele é, a misericórdia, quase em forma de corrente: um recebe do mais rico, enriquece e passa para o mais pobre, que por sua vez… Esse misericordioso desígnio já estava no Antigo Testamento.

Levítico, Dezenove, dezoito; melhor ainda, Dezenove, um. Você repartiu de seus bens, tornou-se igual a Deus; ora, Deus é santo; portanto, apesar de seus pecados, você se torna santo como Deus, isto é, foi perdoado. Misericórdia não é coisa vã. Só me resta procurar no Livro dos Provérbios uma meditação para introjetar sentimentos e daí ações que estejam de acordo com o que já foi dito. Achei: Provérbios Vinte e Dois, até o versículo Dezesseis. Fiz a leitura orante da misericórdia na Bíblia. Vou agora repetir durante o dia: Sede santos como Deus é santo.

 

Agapito Prates Paulo

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