Estagnação da atividade econômica na zona do euro
O Índice de Gerentes de Compras – que na sigla em inglês é PMI – composto da zona do euro confirmou neste mês a quase estagnação da atividade global do setor privado nos 17 países que utilizam a moeda. O indicador ficou em 51,1 em agosto e é o mais baixo em 22 meses. A marca de 50 é a que divide crescimento de contração. O índice demonstrou que a produção industrial estagnou, não registrando nenhuma expansão pela primeira vez em mais de dois anos
Crédito para veículos desacelera no semestre
O crédito para veículos perdeu força no primeiro semestre. Somados os novos negócios das três principais modalidades de venda parcelada – o Crédito Direto ao Consumidor [CDC], o leasing e o consórcio – houve um aumento de 10,56% no período. Nos seis primeiros meses de 2010, o aumento desse bolo foi de 29,79%. O CDC foi a modalidade com a maior desaceleração – provocada pelas medidas macroprudenciais de restrição ao crédito do Banco Central – crescendo 9,8% no semestre, frente a 81,26% no mesmo período do ano passado. A restrição ao crédito também refletiu no aumento da inadimplência. Com acesso ao financiamento mais restrito e o cartão de crédito mais caro, a taxa de inadimplência subiu de 2,6% em janeiro para 3,8% em junho.
Bancos projetam crescimento menor para o Brasil
As menores perspectivas de crescimento nos Estados Unidos e na zona do euro, além da redução nos preços de commodities e condições mais difíceis nos mercados financeiros, levaram o Royal Bank of Canadá [RBC] a rebaixar as projeções de crescimento de quase todos os emergentes, incluindo o Brasil. A expectativa agora é de que o PIB brasileiro tenha expansão de 0,7% no segundo trimestre e de 0,5% no terceiro, antes de acelerar para 1% no quarto trimestre. Isso deixa 2011 com um crescimento anual do PIB de 3,6%, comparado com os 4,1% da projeção anterior. Também o banco Barclays, de Londres, aposta em um avanço de 0,7% no PIB no segundo trimestre e projeta crescimento econômico de 3,8% este ano.
Empresas buscam captação externa
Empresas brasileiras já se organizam para emitir dívida no exterior em setembro. Os bancos de investimento estão com uma lista grande de mandatos de operações que esperam para ir a mercado quando as férias de verão no Hemisfério Norte chegarem ao fim e os investidores retornarem a suas mesas de trabalho. Apesar das turbulências das últimas semanas, o ambiente será favorável para companhias e bancos do país – e dos emergentes em geral. Há possibilidade, inclusive, para lançamentos em reais, especialmente depois do aperto da regulação cambial.
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