Professores entram no quarto dia de greve em Livramento

Assembleia marcada para esta quinta-feira, na capital do Estado, deverá definir novas ações a serem tomadas pela categoria

Em Sant’Ana do Livramento, pelo menos três escolas permanecem com as portas fechadas desde o início da greve

Após quarenta e oito horas de paralisação em todo o Estado do Rio Grande do Sul, os professores da rede estadual de ensino continuam firmes na greve que ainda não tem previsão para terminar. Em Sant’Ana do Livramento, assim como em diversas outras cidades do Estado, a adesão se dá de forma parcial, e até o momento apenas três escolas haviam fechado as portas, interrompendo completamente as aulas. Na última terça-feira, o debate promovido pela RCC FM, colocou frente a frente professores e o governo do Estado, através do Cpers e da 19ª Coordenadoria Regional de Educação. No encontro, ambos os lados exaltaram os benefícios da democracia e da necessidade de ampliar o diálogo para chegar a um consenso, e pôr fim ao impasse que acaba gerando desconforto para os dois lados.

Uma assembleia geral dos professores está prevista para acontecer nesta quinta-feira, em Porto Alegre, quando os servidores deverão fazer um balanço da paralisação em todo o Estado, e definir novas ações para o protesto. Enquanto isso, a secretaria de Educação do Rio Grande do Sul intensifica a agenda de conferências regionais do Ensino Médio. A proposta de alterações no Ensino Médio está entre os pontos que foram considerados decisivos para que os professores decretassem a greve, na última sexta-feira. As conferências iniciaram ontem (23), e deverão percorrer diversas cidades do Estado até o dia 5 de dezembro. A agenda de conferências regionais e inter-regionais do Ensino Médio se intensifica no Rio Grande do Sul, mobilizando estudantes, professores, equipes diretivas, pais e representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Números

De acordo com o diretor-geral do 23° Núcleo do Cpers, Neimar Quines, os números da greve na cidade tendem a aumentar gradativamente, com novas adesões a partir desta quinta-feira. “Em torno de 200 colegas estão parados em Livramento. É evidente que temos colegas contratados que não paralisam por medo de represálias. Vamos estar presentes na assembleia que acontece hoje, em Porto Alegre. Se depender dos professores e o governo não apresentar proposta, a deliberação na capital, nesta quinta-feira, será para que o movimento continue até que haja a manifestação, principalmente com recuo na implantação do sistema de avaliação do ensino e com a retirada do projeto de modificação da matriz do ensino médio. Enquanto o governo insistir em apresentar imposições à categoria, a greve continuará”, finalizou Neimar.

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