Professores aderem em grande número à paralisação nacional da categoria
A maioria das escolas permaneceu com as portas fechadas. O fato deve se repetir nesta quinta e sexta-feira
Grande parte dos profissionais que atuam nas escolas da rede estadual de educação em Sant’Ana do Livramento aderiram à paralisação, que termina somente na sexta-feira
Boa parte dos professores aderiu à paralisação iniciada no dia de ontem e que somente termina na próxima sexta-feira. Os profissionais da educação que atuam junto à rede estadual aderiram ao movimento e se juntaram a outros milhares de professores em diversas cidades do Estado, para protestar contra as decisões recentes tomadas pelo governo do Estado quanto ao não pagamento do Piso Nacional do Magistério e ao aceno de mexer no plano de carreira, considerado uma das conquistas históricas da categoria.
Em audiência, professores debateram as ações do governo do Estado e a educação
Para a coordenadora regional de Educação, Meire Garagorry, o direito dos professores de paralisar vai ser respeitado, porém, os dias sem aula terão que ser recuperados
Três dias de paralisação que mexem com a comunidade escolar. Pais, alunos, professores e funcionários das escolas da rede estadual de educação aguardam com ansiedade pelos próximos movimentos do governo do Estado diante das reivindicações.
Ontem, com a presença do diretor do Núcleo Central do Cpers, Nei Alves, o plenário João B. Goulart, da Câmara Municipal de Vereadores de Sant’Ana do Livramento, ficou completamente lotado para a audiência na qual foram tratados os principais pontos que motivam a paralisação. Para Nei Alves, conquistas históricas da categoria correm o risco de serem retiradas pelo atual Governo do Rio Grande do Sul. “O atual governo tem colocado para a imprensa que a situação financeira do Estado é boa.
Professores participaram de audiência na tarde de ontem, no plenário da Câmara de Vereadores em Livramento
Para o ex-diretor do 23° núcleo do Cpers em Sant’Ana do Livramento, Juca Sampaio, o anúncio do governo da possibilidade de mexer no plano de carreira faz com que os professores se mobilizem para que o Estado reveja sua posição. “Queremos, sim, fazer a reestruturação da educação, mas não desta forma como está sendo proposta pelo governo do Estado. Os professores precisam de condição digna para tocar diariamente suas atividades”, disse Neimar Quines, atual diretor do 23° Núcleo do Cpers.
Coordenadora Regional de Educação
Para a coordenadora regional de Educação da 19ª CRE, Meire Garagorry, haverá o respeito pelas decisões tomadas pela categoria. Segundo a coordenadora, a paralisação afeta sim a vida escolar, mas é preciso entender que este é um direito dos professores e que pode ser exercido.
Questionada sobre o que muda com a paralisação de três dias, Meire Garagorry respondeu ao Jornal A Plateia que espera que na próxima semana tudo volte a sua normalidade.
“Acredito que não muda nada, no sentido de que o nosso trabalho segue normalmente, e seguimos com aquela posição de respeitar a manifestação do sindicato e de juntos trabalharmos dentro do governo, buscando atender às reivindicações dentro das possibilidades já apresentadas, e que são conhecidas da imprensa e, principalmente, dos professsores. Essa é a orientação, assim como a orientação também de que os dias paralisados serão compensados com recuperações.
Entendemos que a manifestação é legítima. Respeitamos o movimento e desejamos ser respeitados”, afirmou Meire Garagorry.
Por Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com
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