Professores da rede estadual de ensino paralisam as atividades por três dias, a partir de hoje

O presidente do 23° Núcleo do Cpers em Sant’Ana do Livramento, Neimar Quines, diz que categoria está em estado de greve permanente

Aulas devem retornar ao normal somente a partir de sexta-feira nas escolas que aderirem à paralisação, que acontece também em outros estados

Serão três dias de paralisação, em pelo menos 10 das 19 escolas da rede estadual de educação localizadas no perímetro urbano de Sant’Ana do Livramento, é o que garante o presidente do 23° Núcleo do Cpers Sindicato, Neimar Quines. A partir desta terça-feira, inicia mais uma etapa da longa quebra de braço entre professores e o governo do Estado do Rio Grande do Sul, lados que travam embates históricos tendo como pauta central a educação. “Estimamos a adesão de cerca de 80% dos professores que atuam em Sant’Ana do Livramento, durante os três dias em que iremos estar mobilizados. Essa paralisação nacional é uma parada chamada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, ao qual o Cpers Sindicato é filiado. Estamos indo, nesta terça-feira, para Porto Alegre, onde vamos realizar um ato com uma caminhada da frente da sede do Sindicato até o Palácio Piratini. Vamos cobrar do governo o pagamento do piso, melhores condições de trabalho para os nossos colegas nas escolas públicas, melhorias na estrutura das escolas. Por incrível que pareça, estamos no quarto mês do ano letivo e no terceiro ano do mandato do governador Tarso, e temos escolas em que o telhado está quebrado, com infiltração de água e sem energia elétrica”, relatou o presidente do 23° Núcleo do Cpers em Livramento.

Neimar Quines disse aos professores e funcionários de escola da rede estadual que paralisarão as atividades nestes três dias, para que cobrem a implementação do piso salarial e protestem contra o desmonte da educação pública, promovido pelos governos estadual e federal.

A greve conta com o apoio de pais e alunos, e faz parte de uma programação nacional de luta dos educadores. “Nesta terça-feira, em Porto Alegre, a categoria realiza um ato público, com concentração em frente ao CPERS/Sindicato, às 13h, e posterior deslocamento até a Praça da Matriz. Nos dias 24 e 25, as atividades serão organizadas e realizadas pelos 42 núcleos da entidade, distribuídos em todas as regiões do Estado. O governo Tarso tem se negado a cumprir a lei do piso, assinada por ele enquanto ministro da Justiça. Tem se negado, inclusive, a cumprir a hora atividade, período destinado à preparação de aulas, elaboração e correção de trabalhos e provas etc. A hora atividade foi garantida pelo CPERS/Sindicato, através de uma liminar. Diariamente, a comunidade escolar gaúcha se reúne para protestar por melhorias na infraestrutra das escolas. É grande o número de instituições de ensino que funcionam com sérios problemas nas redes hidráulica e elétrica. A maioria das escolas no Estado não possui Plano de Proteção e Prevenção Contra Incêndio”, frisou ele.

Ainda segundo o presidente do 23° Núcleo do Cpers, na quarta-feira, os professores deverão realizar, em Livramento, uma manifestação na frente da 19ª CRE, para pedir ao Estado que tome providências e dê as respostas pedidas pela categoria e que tenham a capacidade de promover as melhorias reivindicadas.

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