Manifestação uniu estudantes e comunitários

Protesto teve início no Parque Internacional e seguiu em caminhada até a prefeitura

Manifestantes em frente à prefeitura

Estudantes, líderes comunitários, vereadores e até crianças estiveram no manifesto que marcou a tarde de segunda- -feira. Por volta das 17h, as centenas de santanenses se reuniram no Parque Internacional e iniciaram caminhada pela rua dos Andradas até a prefeitura. Ostentando faixas com frases de protesto à privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE), exigindo melhorias nos bairros e escolas e pedindo ética e transparência na administração pública, os manifestantes chegaram à frente do Palácio Moyses Vianna, com o objetivo de entregar um ofício ao prefeito Wainer Machado. Como a administração municipal havia decretado ponto facultativo, o protesto teve sequência sem a presença do prefeito.

O estudante Enio Junior Machado ao microfone

A mobilização foi, na verdade, uma união de dois setores que se organizavam para protestar contra os acontecimentos que cercearam a política local nos últimos tempos – estudantes e líderes comunitários, coordenados pela União das Associações de Moradores (Unamos). “Construímos esse movimento juntos, os estudantes programavam um ato e nós uma caminhada. Então, nos unimos pela ética e a transparência”, resume Marcos Sória, presidente da Unamos. A seu lado, lideranças dos bairros Planalto, Vila Julieta, São Francisco. “O que pedimos surgiu em reuniões dos presidentes das associações”, complementa.

Olho na Fronteira

Eles não vivem mais em Sant’Ana do Livramento, apesar de terem nascido por aqui. No entanto, os jovens que se uniram ontem para protestar acompanham as notícias da cidade e aproveitaram o feriado para manifestar sua desaprovação. “Queremos mostrar que a juventude tem o poder de reivindicar. Queremos ética na política, as melhorias prometidas às escolas. Somos contra a corrupção e a favor de uma profissionalização das gestões. Queremos que situações como a do DAE não se repitam por más gestões. Desejamos que esses cargos deixem de ser políticos”, registra Enio Junior Machado, que esteve à frente dos estudantes.

Comunidade escolar também esteve no protesto

Organizados a partir da rede social Facebook, os jovens pertencem a diversas instituições de ensino superior da capital. “A gente fica triste por saber que más gestões levam a situações como a do DAE. Queremos mais democracia, que a população seja ouvida. Não podemos deixar de opinar em questões como essa de privatização. Os contratos são longos, é preciso que o povo tenha voz”, diz Enio. Os participantes enfatizaram, no entanto, que toda a mobilização foi apartidária.

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1 Comentário

  1. Moacyr

    A nossa água e inigualável e através dela poderíamos estar gerando riquezas e desenvolvimento para o nosso município com a vinda de indústrias que poderiam estar utilizando-a como matéria prima!! Estou desgarrado da fronteira mas gostaria de voltar e ver o meu filho crescer nessa terra que já foi próspera!!

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