RONALDINHO

Foi a primeira vez que vi um estádio torcer não contra o time adversário, mas contra um único jogador. O torcedor pouco se importava com o Flamengo: babava de ódio contra Ronaldinho. Este por sua vez, teve uma ótima atuação no primeiro tempo, mas despencou junto com todo o time do Flamengo na segunda etapa. Não credito esta queda de rendimento como fruto da pressão, pois estaria diminuindo o mérito do time do Grêmio que fez um segundo tempo impecável. Todavia, como ser humano e suscetível a emoções, era visível seu constrangimento do já no momento de execução dos hinos.

ANDRÉ LIMA

Douglas foi o melhor jogador do Grêmio, mas o centroavante foi o “nome” do jogo. Digo isto com tranqüilidade, pois não sou preconceituoso nem teimoso e reconheço a sua importância na virada histórica. Continuo com a opinião de que se trata de um centroavante de parcos recursos para as necessidades do Grêmio, mas pontualmente deve ser elogiado quando merecer. Em tempo: quem sabe Celso Roth não fixa Gilberto Silva como titular da zaga? Com experiência e qualidade técnica, arrumou o setor e deu tranqüilidade ao time.

INTER ENCOSTA NO G-5

Vencer o Atlético-GO era necessidade imperiosa para continuar sonhando com a vaga na Libertadores. Não foi uma boa atuação, longe disso, mas valeu pelos três pontos. Já teve jogo em que atuou bem não venceu. No próximo domingo contra o Fluminense, o Inter inicia uma reta final dificílima. Pela ordem: Cruzeiro (F), Bahia (C), Botafogo (F), Flamengo (F) e Grêmio (C). O único jogo tranqüilo, em tese, é contra o Bahia. Os demais, encrenca pura. Por outro lado, o grande Rubens Minelli já dizia com sabedoria: “quem faz a tabela é o time”. 

HONRAS AO VASCO DA GAMA

Roberto Dinamite, o maior ídolo da história vascaína está tendo o retorno pela coragem de defenestrar Eurico Miranda do poder em São Januário. Campeão da Copa do Brasil, o “Vascão” mostra dignidade e mantém a luta pelo título brasileiro em aberto, contrariando a lógica de anos anteriores, quando os times jogavam a toalha por já estarem classificados para a Libertadores. Só isto já e o suficiente para levar minha torcida.

BRASÍLIA: ESTUPRO NA MEMÓRIA

A população de Brasília está se movimentando para que o novo estádio não deixe de ser chamado “Mané Garrincha”, nome do que foi implodido para a construção do agora “Estádio Nacional”. Erguido com dinheiro público numa cidade de futebol inexpressivo e onde morrem perto de mil pessoas por ano por falta de atendimento médico, a mudança é um desrespeito com um dos maiores craques de nossa história. Nunca tivemos memória histórica. Achar que políticos sem escrúpulos fossem ser diferentes é querer demais.

POR FALAR NISSO…

Aldo Rebelo assumiu o Ministério dos Esportes (que jamais deveria existir) hoje transformado num atoleiro de denúncias sobre irregularidades. Com o Brasil sediando mega-eventos como Copa do Mundo e Olimpíada, esta pasta virou a menina dos olhos de políticos sempre ávidos por generosas verbas públicas e nenhum controle sério (vide Pan/2007). Gostaria muito de acreditar que as coisas mudarão para melhor. No Brasil atual, é difícil.

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