INTER – SUPERIORIDADE APLASTANTE

A goleada de 4 x 1 no jogo final foi a pá de cal em qualquer comparação que se queira fazer entre os dois times. O Grêmio escapou de um resultado parecido no primeiro jogo da Arena e parece não ter aprendido nada com o episódio. Achou que a derrota no primeiro jogo tinha sido obra do acaso e saiu para o jogo tentando enfrentar o Internacional de igual para igual. Não dá para igualar aquilo que é profundamente desigual. Deu no que deu.

6 x 2

Este foi o resultado agregado das finais, não levando em consideração que o gol do Grêmio em Caxias do Sul foi contra. Em dois jogos, o Inter mostrou grande superioridade sobre o Grêmio, principalmente no setor vital de um time de futebol: meio de campo. É ali que se decide a maioria dos jogos. Como diria o filósofo Carlos Alberto Parreira, “o gol é um detalhe”. Muita gente debochou, mas ele queria dizer que o gol é consequência de uma superioridade que inicia neste setor.

TÉCNICA X GARRA

Ninguém pode acusar os jogadores gremistas de não terem se entregado de corpo e alma nos dois jogos. Não se acovardaram, lutaram e honraram a camisa que vestem. Simplesmente faltou futebol. Quando um time que tem boa técnica também joga com determinação, não tem como perder para quem aposta tudo no coração. A qualidade sempre fará a diferença na hora decisiva. Foi um título conquistado com enorme facilidade.

O FUTURO DO INTERNACIONAL

A direção e comissão técnica coloradas sabem que festa para título de Gauchão dura dois dias. Se fracassar na Copa do Brasil (não vence desde 1992) e principalmente no Brasileirão (desde 1979), no final do ano a decepção do torcedor será enorme, como vem acontecendo nos últimos anos. Abel Braga tem em mente que Campeonato Estadual não é parâmetro para quem sonha com voos muito mais altos.

O FUTURO DO GRÊMIO

Num primeiro momento o foco deve ser a Copa Libertadores da América. A questão é saber até que ponto a pancada no Gauchão poderá interferir no estado anímico dos jogadores. Se passar pelo San Lorenzo, terá que medir forças com o Cruzeiro-MG. É só encrenca, com o Brasileirão no meio do caminho. Uma boa campanha na competição continental certamente motivará time e torcida para o resto da temporada.

POR FALAR NISSO…

Já se fala abertamente na troca do treinador Enderson Moreira após o fracasso nos dois clássicos. Sou capaz de apostar que se o Grêmio não tivesse se classificado na Libertadores, a queda seria “pule de dez”. Como passou para as oitavas de final, mudar agora seria perigoso e mais: trazer quem? A sobrevida de Enderson está condicionada muito mais à campanha da Libertadores do que do Brasileirão.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.