Renato Marsiglia

A reinauguração do Beira-Rio foi uma festa que jamais será esquecida pelo torcedor colorado. As lágrimas que brotavam de milhares de rostos eram a demonstração pura do sentimento e da justa emoção que tomou conta não apenas daqueles que estavam no estádio, mas também dos que viram pela televisão. A estrutura montada e a produção de alta qualidade proporcionaram um espetáculo notável.

ELEGÂNCIA NA LEMBRANÇA DAS DERROTAS

Inquestionavelmente os “Anos 90” pertenceu ao Grêmio. Em nível estadual, nacional e internacional. Pois o diretor do evento, Edson Erdmann, elegantemente não se furtou a pular esta página da história que não pode ser ignorada. Com o depoimento emocionado do ponteiro Fabiano, principal protagonista daquela época, Erdmann fez do limão uma limonada, evitando com isto uma festa chapa-branca.

GRENALIZAÇÃO INSUPORTÁVEL

A rivalidade fez de Grêmio e Inter duas potências do futebol mundial. Nenhum deles chegaria aonde chegou sem a presença do outro. Por isso fico revoltado com a postura mesquinha e ressentida de torcedores invejosos que ficam procurando defeito em tudo o que diga respeito ao adversário. Vale para os dois lados. Aconteceu na inauguração da Arena e agora na reinauguração do Beira-Rio. Mentalidade retrógrada, tacanha e provinciana.

POR FALAR NISSO…

Qual a cidade do Planeta que possui dois estádios “Padrão FIFA” à disposição de seus torcedores? Só Londres (Wembley e Emirates Stadium) e São Paulo (Corinthians e Palmeiras). Nem na poderosa Alemanha. Isto custou trabalho, dedicação e acima de tudo grandeza em aceitar o sucesso alheio. Sucesso que motivou quem estava atrás a fazer o seu melhor para tentar superar o adversário sem tratá-lo como inimigo.

ESQUECIMENTO

Nenhuma festa é perfeita, até porque, é feita por seres humanos que são imperfeitos. Paulo César Carpeggiani não foi lembrado. Para muitos, foi tecnicamente o maior jogador do clube em todos os tempos. Uma versão é a de que o ex-jogador não quis participar. Outra, de que a direção o vetou por problemas muitos antigos. Vale lembrar que Renato Portaluppi não veio à inauguração da Arena por não se relacionar com o então presidente Paulo Odone. Questões menores que não deslustram a grandeza do espetáculo.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.