Dias Felizes

O Internacional receberá hoje, domingo, o Penharol de Montevidéu, noBeira-Rio, para marcar o festival de inauguração de um dos cinco estádios mais bonitos e modernos do mundo. Não se trata apenas de um jogo de futebol disputado por equipes tradicionais. Será um jogo para ficar na história do Internacional e Penharol, como o outro ocorrido dia 13 de abril de 1969, no festival de inauguração do velho Beira-Rio, vencido pelo Inter por 4 a 0. O resultado do jogo será o menos importante diante do significado da inauguração do novo Beira-Rio, que encanta as pessoas com a visão da sua beleza arquitetônica. Sou um colorado feliz, porque poderei contar para o meu neto, Lélis Léo Spartel, que assisti a inauguração do Beira-Rio há 46 anos e a deste domingo, após o espetáculo de som e de luzes jamais visto em terras gaúchas realizado ontem. Participei do espetáculo como modesto protagonista de parte da história do clube.Os protagonistas se destacaram no roteiro de um show impecavelmente concebido. O Inter, como diz seu hino “Celeiro de Ases”, com letra e música do compositor carioca Nelson Silva, é mesmo orgulho do Brasil. E também o Clube do Povo, pela enorme aceitação que tem nas camadas mais humildes da população gaúcha.Só um clube com essa história é capaz de colocar abaixo um estádio ainda aproveitável e colocar em seu lugar outro muito mais lindo e confortável.
Do festival de inauguração do antigo Beira-Rio, em abril de 1969, lembro de muitas pessoas que construíram aquele momento especial da história colorada, como o presidente do Internacional, Carlos Stechmann e seus companheiros de diretoria. E também dos jogadores comandados por Daltro Menezes. Com raras exceções, todos estão vivos e acompanham a evolução do clube. Faço questão, porém, de destacar o conterrâneo Ordorelino Nunes Leal, o Dorinho, que começou jogando em nossa cidade e se projetou no futebol brasileiro com a camisa vermelha. Quando conversamos, sempre comentamos aquele momento especial do nosso Internacional, em 1969, quando o clube trocou o Estádio dos Eucaliptos pelo Beira-Rio. E também lembramos de fatos passados, de nossa infância, emLivramento, como a distribuição de barras de gelo em carroças da Cervejaria Gazapina. Dorinho chegou a trabalhar na distribuição, levando as barras de gelo das carroças até as portas das residências dos fregueses habituais. O conterrâneo Dorinho e outros jogadores do Inter do ano de 1969 vivem dias de intensa emoção com o festival do Beira-Rio realizado neste final de semana. São imensamente felizes por terem ligado suas carreiras profissionais a história de um clube da grandeza do Internacional.

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