Prazo para solucionar situação é até abril

Fixação desse período foi feita pelo prefeito Glauber Lima ao GT constituído para tratar da questão

Camelôs deverão permanecer onde estão até o mês de abril

O prefeito Glauber Lima confirmou, ontem pela manhã, que abril é o prazo para solucionar a questão dos camelôs e, a partir dali, buscar as formas de realizar o projeto de restauro ou revitalização da praça General José Antônio Flores da Cunha, a conhecida pracinha dos Cachorros.

Recuperação da Praça Flores da Cunha será realizada em um segundo momento, saegundo o mandatário

O mandatário refere que em fim de 2013 estruturou um GT – Grupo de Trabalho – composto de várias secretarias, sob a coordenação de Fabio Peres, secretário do Planejamento, com a finalidade de solucionar a questão.

No segundo dia de trabalho, após o retorno das férias, Glauber Lima disse que o GT foi constituído para acelerar os procedimentos de transferência dos camelôs da praça para a nova área. “Eles estão acelerando a parte burocrática e de projeto para que logo já seja possível fazer a infraestrutura necessária e, ao mesmo tempo, estamos trabalhando com os camelôs a questão do microcrédito do governo do Estado, para que possam captar recursos para a construção de suas bancas” – disse Glauber Lima.

Em relação ao prazo, o mandatário reforça que é abril. “Não sei se, efetivamente, será possível concluir em abril, mas trabalhamos com esse prazo, para solucionar tudo ainda dentro do primeiro semestre e liberar a praça” – afiança.

 

Primeiro mandatário do município, Glauber Lima, fixou prazo até abril para o GT

Próximo passo

Em relação à praça Flores da Cunha, conforme o Prefeito, o trabalho será de uma nova etapa, um outro momento, que caminha paralelo. Informa que o núcleo de projetos da prefeitura está elaborando formas de captar recursos visando à revitalização ou à restauração. “Ainda não sei o que, de fato, será possível fazer. Não sou especialista da área, mas vamos buscar recursos, pois a situação financeira do município é séria, é muito grave” – comenta. O mandatário afirma que até agora seu governo conseguiu manter a folha de pagamento em dia e pagar o décimo-terceiro salário do funcionalismo.
“Mas ainda estamos com restos a pagar que herdamos, ou seja, R$ 16 milhões, sem falar nos R$ 11 milhões da dívida previdenciária. São valores que estão batendo na nossa porta, como os credores, mas apostamos na parceria com o governo estadual e o governo federal, que asseguraram um conjunto de recursos” – sintetiza.

 

 

 

Foco do projeto

Secretário do Planejamento, Fábio Peres da Silva, afirma que projeto está nos ajustes finais

Fábio Peres, titular do Planejamento, deixou claro que o projeto que vai realocar os camelôs está em fase de detalhes finais. “Nossa equipe está sanando algumas dúvidas que surgiram, e estamos estudando a retirada de algumas bancas, colocação de outras. A arquiteta Carina (Benitez), Paulo Rogerio Krug e Andreia (Mendina) estão vendo direitinho para dar como encerrado o projeto e lançarmos edital para licitação” – resumiu o secretário, considerando que recebeu do prefeito um prazo até abril.

Peres deixa claro que ainda não houve contato com o pessoal das bancas. “Mas, eles estão sabendo; o presidente da associação deles está ciente e não temos nada ainda de concreto para apresentar, em mãos. Por isso, oficialmente, não foram contatados” – informa.
Peres confirma que o Planejamento está prevendo dotar o local de uma estrutura com piso, banheiros, instalação hídrica, sanitária e elétrica.
Ele acredita em uma redução significativa do valor inicial do projeto, que era de R$ 250 mil inicial. “Acredito que vamos reduzir bastante esse valor” – concluiu.

Origens – CAMELÔS

Definição:
Vendedor ambulante, comumente chamado de camelô, comerciante de rua, da economia informal ou clandestina, com banca imporvisada.

Origem da palavra:
Camelô é um galicismo e provém do francês camelot, que significaria a designação de vendedor de artigos de pouco valor, em uma referência às lendas Arthurianas – comerciantes que se posicionavam nos pátios dos castelos.

Sinônimos:
Segundo os Dicionários Houaiss, Aurélio e a Wikipédia, camelô e ambulante são sinônimos, só que o primeiro é uma denominação popular e o segundo é uma denominação da legislação, podendo exercer vendas em um ponto fixo ou em movimento.

Conflito:
Há, para muitos magistrados e dicionaristas, assim como autoridades, conflito na definição do conceito, vez que ambulante é quem ambula, ou seja, se movimenta, não permanece no mesmo lugar, ao passo que camelô, ao contrário, tem ponto fixo.

Prós:
Vendem produtos diversos de valores diferentes, populares e acessíveis, são exponenciais da economia informal – que sustenta diversas famílias nos locais onde há desemprego efetivo.

Contras:
Há muitos que vendem produtos piratas, contrabandeados, de qualidade duvidosa; ocupam espaços públicos, não pagam impostos.
Ocupação da praça: 
Relatos indicam que na metade dos anos 1970 (1973 a 1977) já havia ambulantes que permaneciam bom tempo do dia na praça. Há cerca de 34/35 anos (1978/1979) a praça dos Cachorros começou a ser ocupada por ambulantes, os quais, gradativamente, formaram uma cultura de permanência no local.

Números:
Há entre 60 e 80 camelôs efetivamente trabalhando, mas esse número já foi maior, tendo tido seu ápice quando, nos anos 1980, fecharam os frigoríficos e o Lanifício Albornoz, tendo sido ocupada a praça Argentina também, além da praça dos Cachorros. Há quem indique que naquele então, entre brasileiros e uruguaios, mais de 200 trabalhadores ocuparam a linha divisória, nos dois lados.

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