Vigilância Sanitária intensifica fiscalização

Farmácias e drogarias que não tiverem farmacêutico em tempo integral poderão ser autuadas


O Censo Demográfico Farmacêutico, recém divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico, mostrou que, no Brasil, 35% das farmácias e drogarias não têm farmacêuticos em período integral. Desta forma, em certos períodos do dia ou da semana, o atendimento à população é realizado sem a presença do profissional responsável. De acordo com a pesquisa, das 76.483 farmácias e drogarias do País, 26.613 não possuem farmacêutico em tempo integral e 4.852, 6% do total, não possuem farmacêutico em período algum.

Paulo Henrique Vargas, farmacêutico e fiscal da vigilância sanitária municipal

Segundo Paulo Henrique Vargas, farmacêutico e fiscal da vigilância sanitária municipal, o farmacêutico tem que estar presente enquanto a farmácia estiver aberta. “É ele quem deve fazer trabalhos como a dispensação e a administração do medicamento. Além disso, ele é o responsável pelo atendimento ao público no caso de dúvidas em relação aos remédios – se o farmacêutico não estiver presente, deve haver um substituto”. Ele ainda acrescenta que a fiscalização está sendo ampliada. “Nós realizamos as inspeções em dias alternados, chegamos de surpresa. Caso o farmacêutico não esteja presente, emitimos um auto de infração para o estabelecimento, que pode se reverter em uma multa que varia de valor, conforme o grau de gravidade da infração”.

Conforme o levantamento, ao todo, são 76.483 farmácias e drogarias no País, das quais 26.613 apresentam o problema. Já 4.852 estabelecimentos, ou 6% do total, não contam com farmacêutico em período algum. Por lei, o técnico farmacêutico responsável deve estar presente nas farmácias e drogarias durante todo horário de funcionamento.

O conselho federal e estadual dos farmacêuticos não foram encontrados pela reportagem para se manifestar a respeito do tema.

 Medicamento Similar 

Modelo de como será a embalagem dos medicamentos similares

Os medicamentos similares podem vir a ter regras parecidas com as dos genéricos. Desta forma, a comunidade deverá ter mais opções de remédios baratos. A proposta é que os similares também possam substituir os remédios de marca, prescritos por médicos. Hoje, a única troca permitida é por medicamentos genéricos.

Nos últimos anos, os remédios similares foram obrigados a passar pelos mesmos testes de qualidade exigidos aos fabricantes de genéricos. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) elaborou uma embalagem demonstrativa. Quando a regra entrar em vigor, o medicamento similar terá uma faixa amarela com o nome do medicamento equivalente. A diferença para o genérico é que o similar pode ter um nome de fantasia, enquanto o genérico só pode ter o princípio ativo na embalagem. A nova modalidade promete ser até 35% mais barata em relação aos medicamentos de marca.

Andréia Roskopf – “Na minha opinião, o farmacêutico deve estar sempre presente. Muitas vezes, recebemos informações, a respeito de medicamentos, de pessoas que não têm nenhum conhecimento técnico, tampouco experiência”.

 

 

Elenita Maria Teixeira – “O farmacêutico é fundamental para nos dar as informações sobre os remédios. Já aconteceu de eu comprar um medicamento que não era adequado para o peso de uma criança, isto, pela falta de instrução que tive”.

 

 

RAI GABRIEL QUADROS
raigabriel@jornalaplateia.com

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.